08 de novembro, 2012
O VII Simpósio do Clero decorreu no Santuário de Fátima em Portugal em inícios de setembro e versou sobre o tema “O Padre, homem de fé – do Mistério ao ministério”. Participaram 450 sacerdotes e a quase totalidade dos bispos portugueses. O cónego Emanuel Silva, secretário da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios, entidade responsável pela organização do simpósio, recorda esta iniciativa da Igreja Portuguesa: “O simpósio ficou marcado pelo que de melhor, e existencialmente falando, tem a fraternidade sacramental: o sentido do Sacerdócio como Dom de Deus, a fé e a fidelidade entendidas como resposta agradecida, a perspetiva da raiz comum do Sacerdócio como fonte da comunhão dos presbitérios e de toda a Igreja, o diálogo e a partilha de experiências de vida como expressão da riqueza e diversidade dos frutos e dons do Espírito, a percepção e a experiência da oração como fonte vivificante e diária da fidelidade presbiteral e como exercício de louvor”. O também atual capelão e diretor do Serviço de Pastoral Litúrgica do Santuário de Fátima, destaca o principal repto que, na atualidade, se coloca aos sacerdotes no exercício do ministério. “O principal desafio que brotou deste simpósio foi o da necessidade de cuidar do ato e da vivência da fé. Essencialmente cristológica, dom e resposta, experiência de confiança, atitude existencial global, experiência de libertação e salvação, fundamento e origem radical de um projecto de vida, a Fé é o Mistério que a sacramentalidade ministerial dos Sacerdotes tem, por vocação, servir e desenvolver. Se a vida sacerdotal não se alicerçar no Mistério da Fé, ficará amputada daquilo que lhe é essencial e que está antes de tudo o resto. Uma vida sacerdotal/ministerial sem fé daria lugar à experiência pessoal e ministerial de vazio e de absurdo. |