08 de setembro, 2013
Este domingo, 8 de setembro, em peregrinação nacional ao Santuário de Fátima, a Família Concepcionista ao Serviço dos Pobres dá graças a Deus pela vida da sua fundadora Maria Isabel da Santíssima Trindade, a quem a Igreja concedeu o título de venerável, com o reconhecimento, a 5 de julho deste ano, da heroicidade das suas virtudes. Tomando como exemplo a vida desta venerável serva de Deus, o grupo em peregrinação pede ao Senhor para que a congregação continue fiel na atenção aos mais carenciados. No momento da homilia da Eucaristia celebrada esta manhã no Recinto de Oração, D. José Francisco Alves, arcebispo de Évora, lembrou alguns momentos da vida desta mulher nascida no Alentejo (faleceu em 1962) que, após dez anos de matrimónio, enviúva e decide, a partir desse momento, dedicar a sua vida e os seus bens aos mais pobres, fundando mais tarde a Congregação das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres, atualmente presente em quatro continentes. Para D. José Alves, Maria Isabel da Santíssima Trindade, foi um “luminoso exemplo de vida cristã”, uma mulher “iluminada pela fé e abrasada pelo fogo da caridade”, um exemplo de “caridade, simplicidade e fidelidade ao serviço de Deus e dos pobres num total despreendimento de si mesma”. Para o prelado, a madre Maria Isabel tinha as três caraterísticas que definem o ser-se cristão, aquele que privilegia acima de tudo a relação com Deus, a relação com as pessoas e a relação consigo próprio, “tendo presente que a felicidade não se alcança pela fuga aos problemas, mas pela busca persistente de soluções apropriadas”. “Ser cristão autêntico não se resume a um título, é antes um compromisso de vida que, embora admita graduações, não deixa de ser exigente para todos. Ontem como hoje, o verdadeiro discípulo de Cristo é aquele que se esforça por cumprir as três condições impostas por Jesus”, afirmou D. José Francisco Alves. Na página oficial na Internet da Congregação das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres, a madre Maria Isabel da Santíssima Trindade é descrita como uma pessoa que “não se fechou em si mesma, nem se acomodou a uma existência fácil, rasgou horizontes e pôs a render os talentos naquilo que julgava ser a vontade de Deus”. Recorde-se que, a 5 de julho deste ano, o Papa Francisco aprovou a publicação do decreto que reconhece as virtudes heroicas de madre Maria Isabel da Santíssima Trindade, que recebeu assim o título de “venerável”. Tratou-se de mais uma fase do processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, penúltima etapa para a declaração da santidade. LeopolDina Simões |