02 de fevereiro, 2017

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Faltam 100 dias para a chegada do Papa

Francisco será peregrino do Centenário das Aparições, e confirma `marca´ mariana do seu pontificado

 

O Papa Francisco vai chegar a Fátima no dia 12 de maio, dentro de 100 dias, tornando-se Peregrino do Centenário das Aparições e o quarto pontífice da Igreja Católica a visitar o Santuário da Cova da Iria.

A visita de Francisco, no Centenário das Aparições, confirma por um lado a sua ligação a Nossa Senhora, a quem consagrou o seu pontificado e, por outro lado, a ligação do papado ao santuário português, particularmente assumida em outubro de 1942 , quando Pio XII consagrou o mundo ao Imaculado Coração de Maria, em plena II Guerra Mundial.

São João XXIII visitou Fátima no dia 13 de maio de 1956, quando era ainda patriarca de Veneza, mas as viagens internacionais dos Papas modernos são uma novidade que remonta à segunda metade do século XX, com o pontificado de Paulo VI (1897-1978).

Nessa altura, Portugal entrou na rota das viagens apostólicas,  por ocasião do 50.º aniversário das aparições marianas, reconhecidas pela Igreja Católica, na Cova da Iria.

Paulo VI decidiu vir pessoalmente a Fátima, como peregrino, a 13 de maio de 1967, tendo aterrado em Monte Real, ficando alojado na então Diocese de Leiria (hoje Leiria-Fátima). Além da homilia na Missa do 13 de maio, no 50.º aniversário das Aparições, Paulo VI teve outras seis intervenções.

João Paulo II viria a Fátima por três vezes, a primeira das quais a 13 de maio de 1982, um ano depois de ter sido vítima de um atentado em São Pedro, para "agradecer à Divina Providência neste lugar que a mãe de Deus parece ter escolhido de modo tão particular”. Passou ainda por Lisboa, Vila Viçosa, Coimbra, Braga e Porto, ao longo de quatro dias (12-15 de maio), proferindo um total de 22 intervenções.

O Papa polaco voltou a Portugal nove anos depois: a 10 maio de 1991, tendo celebrado Missa no Estádio do Restelo e viajaria depois para os Açores e Madeira, antes de centrar-se no Santuário de Fátima, nos dias 12 e 13 maio.

Durante quatro dias, São João Paulo II proferiu 12 intervenções e enviou ainda uma carta, desde a Cova da Iria, aos bispos católicos da Europa, que preparavam uma assembleia especial do Sínodo dos Bispos, dedicada ao Velho Continente.

A 12 e 13 maio de 2000, já com a saúde debilitada, João Paulo II regressou a Portugal, para presidir à beatificação dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto; proferiu um discurso à chegada, no aeroporto internacional de Lisboa, a homilia na Missa do 13 de maio e uma saudação aos doentes reunidos na Cova da Iria.

Na mesma ocasião deu-se o anúncio da publicação da terceira parte do chamado “Segredo de Fátima”.

Bento XVI visitou Portugal de 11 a 14 de maio de 2010, para assinalar o décimo aniversário da beatificação de Francisco e Jacinta Marto, com passagens por Lisboa, Fátima e Porto.

Apesar do contexto ser diferente, as motivações que trazem o papa Francisco a Fátima são idênticas às dos seus antecessores: rezar com os portugueses, junto da imagem da Virgem Maria, no maior santuário mariano do Mundo.

A visita efetua-se a convite dos bispos portugueses e do Presidente da República, mas, como há 50 anos, Como aconteceu com Paulo VI, cinge-se apenas a Fátima, sinal da sua devoção mariana.

Eleito Papa a 13 de março de 2013, a sua ligação a Nossa Senhora de Fátima, enquanto Sumo Pontífice, iniciou-se oficialmente dois meses depois, quando os bispos portugueses, a seu pedido, dedicam o seu pontificado a Nossa Senhora, durante as celebrações do 13 de maio, em Fátima.

Exemplo da sua devoção mariana foi também o pedido expresso de que a imagem de Nossa Senhora, que se venera na Capelinha das Aparições, fosse a Roma para a Jornada Mariana promovida pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, no âmbito da celebração do Ano da Fé.

Em 2015, de resto, o Papa Francisco associou-se à celebração do 13 de maio, ao evocar em Roma alguns dos conteúdos centrais das Aparições aos três videntes, os Beatos Francisco e Jacinta e a Irmã Lúcia, que tiveram lugar na Cova da Iria entre maio e outubro de 1917.

Durante a catequese do dia 13 de maio de 2015, o Papa pediu ao leitor português presente na Praça de São Pedro, em Roma, que rezasse em voz alta uma ave-maria, assinalando o dia em que a Igreja recorda Nossa Senhora de Fátima: «Peço a meu irmão português, neste dia de Nossa Senhora de Fátima, que reze com todos em português».

Na audiência geral de 11 de maio de 2016, o Papa Francisco associou-se à celebração do 13 de maio, na Cova da Iria, e recordou a devoção de São João Paulo II por Nossa Senhora de Fátima: «Nesta aparição, Maria convida-nos mais uma vez à oração, à penitência e à conversão», disse o Pontífice, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.

A conta oficial do Papa Francisco na rede social Instagram, no mesmo dia, incluiu uma imagem de Nossa Senhora de Fátima com a legenda: «Mãe, nós Te agradecemos pela Tua fé; renovamos a nossa entrega a Ti».

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