04 de agosto, 2016

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Exposição temporária “Terra e Céu: peregrinos e santos de Fátima” disponível para visitas virtuais

80 mil já visitaram exposições do Santuário através da internet

 

A exposição temporária “Terra e Céu: peregrinos e santos de Fátima” está agora à distância de um `clique´: bastará ir a www.fatima.pt e poderá fazer uma visita virtual à exposição parando e recolhendo informação sobre vários aspectos dos núcleos da exposição.

As visitas virtuais às exposições temporárias que o Santuário tem vindo a organizar no âmbito da celebração do Centenário das Aparições já eram possíveis. As quatro exposições temporárias – Neste Vale de Lágrimas (2015); Segredo e Revelação (2014); Ser, o Segredo do Coração (2013) e Alarga o espaço da tua tenda (2012)-  registaram 80 mil visitantes, maioritariamente portugueses mas também oriundos de vários países.

A estas quatro exposições juntou-se ontem a exposição que ainda está patente ao público fisicamente no Convivium de Santo Agostinho, no piso inferior da Basílica da Santissima Trindade, até ao final do mês de outubro. É mais uma  oportunidade para todos os que, não podendo deslocar-se a Fátima, tenham a possibilidade de usufruir da sua oferta cultural.

Nas visitas virtuais, além da possibilidade de percorrer todos os núcleos da exposição, há também um conjunto de informações disponível sobre as várias peças expostas.

Na exposição “Terra e Céu: peregrinos e Santos de Fátima”, depois de algumas referências ao sentido do peregrinar, apresentadas a partir da ideia cristã de caminho batismal (Núcleo I – “Cristo, princípio e fim do caminho”), o visitante é confrontado com a narrativa da aparição de setembro de 1917, onde, segundo Lúcia nas suas Memórias, a Cova da Iria se encheu de milhares de pessoas que consigo traziam, para além da expectativa relacionada com aquele dia 13, os dramas do seu quotidiano (Núcleo II – “Os pés peregrinos”).

Antes de “Subir aos céus de Fátima: os santos da colunata do santuário” (Núcleo IV), onde o visitante vê os santos marianos que constam da paisagem do recinto de oração, a exposição integra uma reflexão acerca da caminhada proposta pela Igreja através dos ensinamentos de Cristo (Núcleo III – “O alimento da jornada: a palavra e o pão repartidos”). Nesta parte, o visitante é surpreendido pela simultaneidade de valores que se encontram associados a diferentes ocasiões da experiência cristã, desde a celebração eucarística até ao viver o mandamento do amor, percecionado pelas diferentes ações que o podem manifestar.  

A exposição termina em forma de cruz, acentuando a peça de abertura (também uma cruz) e criando lugar para o ‘convivium’ entre as mais importantes figuras que, ao longo de quase cem anos, passaram por Fátima. Num primeiro bloco, estarão os homens e as mulheres que já mereceram da Igreja o título de santos ou de beatos, num bloco último, os nomes de figuras que se encontram em estudo, a fim de serem dadas como exemplo aos fiéis do catolicismo.

Este ‘fórum’ final, que não termina sem que tenha havido uma referência à imagem da coroa de glória que, segundo o discurso bíblico, está reservada àqueles que, tomando a sua cruz, seguem o caminho de Cristo, evidencia que o recinto do Santuário da Cova da Iria foi lugar procurado pelos que, na atualidade, se esforçaram por caminhar segundo a retidão de coração, vendo na Mensagem de Fátima uma manifestação clara do amor de Deus nas suas vidas.

A exposição contempla múltiplas referências à espacialidade do santuário (recinto com velas, colunatas, galilé dos apóstolos Pedro e Paulo, painel de terracota dourada da basílica da Santíssima Trindade, antiga cruz luminosa do presbitério do recinto de oração, etc.). Assim se apresenta o lugar onde, ao longo de várias décadas, se cruzaram figuras históricas que no decurso da sua biografia rezaram no Santuário de Fátima. Francisco e Jacinta Marto, João XXIII, Paulo VI, João Paulo II, Teresa de Calcutá, Alexandrina Maria da Costa, Padre Pio, Josemaría Escrivá e Álvaro de Portilho são nomes de santos e beatos aos quais se juntarão os que se encontram com processo em fase de estudo, lista sempre incompleta que prova a importância do lugar para tantos homens e mulheres da época contemporânea. 

Às várias peças do acervo do Museu do Santuário de Fátima juntaram-se muitas outras provenientes de Portugal e do estrangeiro, pertencentes a museus, a comunidades eclesiais, a instituições civis e a particulares.

“Terra e Céu: peregrinos e santos de Fátima” é, antes de mais, uma experiência que leva o visitante a caminhar por um percurso que faz espelhar esses dois conceitos não antagónicos, mas, assim o entende a Mensagem de Fátima, luminosamente complementares. De pés firmes porque sulcaram a Terra, os peregrinos de Fátima olham para o Céu. Entre a Terra e o Céu, inscrevem-se, de facto, muitos nomes que um dia experimentaram Fátima como lugar de santidade.

Esta quarta feira, o Santuário promoveu mais uma visita temática a esta exposição, com o título “Os pés dos peregrinos e as mãos que deles cuidam”.

A visita orientada pelo teólogo Pedro Valinho Gomes e pela Servita de Nossa Senhora Teresa Mendes de Almeida procurou uma abordagem ao conceito e simbologia do lava-pés bem como à forma como é vivido no Santuário de Fátima.

Pedro Valinho Gomes fez o enquadramento teológico deste gesto do lava-pés a partir do Evangelho de João, remetendo-nos para a quinta feira santa.

«A narrativa do lava-pés representa uma das mais belas páginas do evangelho de João e simultaneamente uma das mais surpreendentes. «Esta não é uma qualquer lavagem. Nem sequer é uma simples representação dramática da humildade de Jesus. É de comunhão com Jesus que se trata» disse o teólogo durante a sua exposição.

«O que o lava-pés oferece é uma parte, uma herança com Jesus. Uma terra prometida no colo de Deus» refere sublinhando que este gesto aponta para a cruz como evento salvífico por se tratar de uma manifestação de amor incondicional.

«O lava-pés aponta para o evento da cruz que é salvífico precisamente por ser manifestação de amor. Recusar o dom de Jesus na cruz representa excluir-se da herança. Aceitá-la é responder com amor ao amor, como Jesus torna claro», frisa.

O teólogo acrescentou ainda que «este “escândalo” ajuda-nos a compreender que, quando Jesus pede que a Igreja repita este gesto profético, tem a intenção de revelar algo mais do que simplesmente a instrução de lavar os pés uns aos outros», e deste modo esta ação ganha uma especial importância em Fátima uma vez que «os peregrinos, que alimentam o seu caminhar com a esperança da promessa de Deus, são acolhidos com este mesmo gesto do lava-pés. É a Igreja que aqui cumpre o mandato do Cristo: uma igreja que se despe para acolher o outro e, nesse gesto de amor, ser sinal visível do dom da comunhão e da hospitalidade».

«Os pés dos peregrinos (de Fátima), que carregam as feridas e o cansaço de um caminho animado pela urgência da promessa, encontram-se com as mãos dos que os acolhem respondendo ao imperativo do Cristo: «como eu fiz, fazei também». Tocamos assim a essência do discipulado cristão».

A servita de Nossa Senhora, Teresa Mendes de Almeida, traçou uma linha histórica deste serviço no Santuário de Fátima e centrando-se também no Evangelho de João sublinhou o encontro que é o lava-pés.

“Em cada peregrino que acolho vejo Jesus” disse esta servita há 30 anos a prestar serviço no Santuário como voluntária. Falou do carisma da Associação de Servitas de Nossa Senhora e percorreu as etapas históricas deste serviço e os aspectos que, do ponto de vista da vivência da fé, movem a associação e todos as actividades em que se envolve no Santuário.

Nesta quarta visita temática à exposição que agora está disponível na internet foi igualmente lançado um vídeo produzido pelo Santuário sobre o “Lava-pés no Santuário de Fátima” que está disponível em

Terraeceu.fatima.pt

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