12 de outubro, 2004

 
Está patente no Centro Pastoral Paulo VI, desde o dia 27 de Março, a exposição de artes plásticas intitulada “Santo Agostinho – a permanente actualidade do seu pensamento”. A mostra é patrocinada pelo Santuário de Fátima, no âmbito das celebrações diocesanas do 1.650º aniversário do nascimento deste Santo que deixou para a posteridade uma obra que continua incrivelmente actual. É comissária da exposição a artista e presidente da Sociedade Portuguesa de Belas Artes, Emília Nadal.
Santo Agostinho, padroeiro da diocese de Leiria-Fátima, legou aos homens de hoje um testemunho literário de intensa reflexão humanística. Neste contexto, foi pensada a organização de uma exposição temática, onde se pudesse reavivar e refletir a memória e as memórias de uma vida com uma grande riqueza intelectual e humana.
Reflectir sobre o pensamento de Santo Agostinho, como um itinerário “da Liberdade, da Felicidade, da Beleza, do Amor, da Verdade, do Deus de Jesus Cristo” e meditar sobre a própria figura do Santo, autor das “Confissões” - uma obra que permanece ímpar na nossa contemporaneidade, como um inesgotável estímulo intelectual, pertinente e enriquecedor –, Bispo de Hipona e padroeiro da Diocese foram os tópicos iniciais lançados aos artistas convidados a participar na exposição. A partir destes conceitos base, cada artista, nas áreas de escultura ou pintura, criou as obras que estão agora em exposição: catorze trabalhos de dez artistas.
À escultura “Mestre da beleza tão antiga e tão nova”, da autora Irene Vilar, foi atribuído o prémio de aquisição pelo Santuário de Fátima. O júri decidiu ainda atribuir quatro menções honrosas ao conjunto das obras apresentadas pelos artistas Filipe Rodrigues, João José Araújo, José Paulo Ferro e Maria Gabriel.
Presente na cerimónia inauguradora da exibição, D. Serafim Ferreira e Silva, que também no catálogo da exposição já o tinha referido, apresenta o “Pensador e Mestre” Santo Agostinho como o homem que “deixou a imaginação voar, isto é, criou, na mente conceitos, que continuam a ser vitaminas da vida, e valores de sempre”.
Bastante rica também do ponto de vista de integração das obras no contexto físico do Centro Pastoral Paulo VI, sob a coordenação do pintor João Luís Costa, a exposição é enquadrada num espaço preenchido com frases de Santo Agostinho e também do Reitor do Santuário de Fátima, Pe. Luciano Guerra, que num contexto pessoal, e de acordo com os ensinamentos de Santo Agostinho, apresenta aqueles que são os fundamentos da arte.
No decorrer da inauguração, e sempre com a ideia de tornar mais próximo todo o pensamento de Santo Agostinho, foi realizada, por Emília Nadal, uma conferência que logo à partida se apresentava controversa. Isto porque procurou explicar, o que não será fácil: a razão pela qual Santo Agostinho, rodeado durante a sua vida por obras de arte e reflexões sobre a arte, nunca dedicou nenhum escrito, nenhum pensamento, que tivesse ficado registado, sobre essa matéria.
“Se Santo Agostinho se tivesse debruçado sobre estes temas (da arte), hoje haveria um corpo de pensadores, isto porque em todas as matérias a que ele se dedicou, conseguiu criar pensadores”, disse Emília Nadal.
Pelo contrário, ao longo dos tempos, os ensinamentos, as dúvidas e a própria figura física do Santo foram motivo e fonte de elaboração de numerosos trabalhos artísticos, que a conferencista numa segunda parte deu a conhecer.
A fechar esta cerimónia de inauguração todos os presentes puderam assistir a um apontamento musical pelo Grupo Coral “Chorus Auris”.
 
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