01 de agosto, 2023

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Estilhaço de uma bomba da guerra da Ucrânia deixado junto ao túmulo da Irmã Lúcia, numa prece pela paz

Momento aconteceu ontem, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, pelas mãos do superior geral da Ordem dos Carmelitas Descalços, que destacou a “humildade, a obediência e o sentido eclesial de Lúcia”.

O superior geral da Ordem dos Carmelitas Descalços, padre Miguel Márquez Calle, depositou, ontem, ao final da tarde, no túmulo de Lúcia de Jesus, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, um ramo de flores e um estilhaço de uma bomba de projétil da zona oeste da Ucrânia, que lhe foi entregue por uma mãe de família, com o pedido para que rezasse pela paz naquele país.

“Desde o princípio da guerra, há um ano e meio, que trago este estilhaço de projétil no meu bolso, que uma mãe de família ucraniana me deu, com a indicação de que rezasse pela paz naquele país. Hoje, ao final da Missa, deixei-o junto ao túmulo de Lúcia, para lhe pedir que alcance a paz na Ucrânia”, explicou, no final da celebração, o padre Miguel Márquez Calle, sobre o gesto que pretende ser “memória da prece pela paz”.

O gesto aconteceu no final de uma Missa a que o Prepósito presidiu e que juntou os carmelitas jovens que vão participar na Jornada Mundial da Juventude de Lisboa (JMJ Lisboa 2023).

Na homilia, o sacerdote convidou a assembleia à disponibilidade para Deus, a partir do exemplo de Maria, no episódio bíblico da Anunciação.

“Maria, uma mulher só, disse sim a Deus e mudou a história do mundo. Em cada um de nós há um sim que pode mudar a história”, afirmou o padre Miguel Márquez Calle, ao garantir a presença materna de Nossa Senhora nos momentos de debilidade da humanidade, recordando as palavras do Anjo à Mãe de Deus, na Anunciação: “Alegra-te, o Espírito Santo descerá sobre ti (…) a Deus nada é impossível”, que apresentou como o “escapulário de Maria”.

O presidente da celebração apresentou três atitude para os jovens: “deixarem-se olhar por Maria”; “atreverem-se a transformar o sofrimento em esperança” e assumirem a humildade e coragem com caminho de santidade.

“Deixemos que Maria ponha os seus olhos no nosso coração, para quê nas nossas entranhas se forme a imagem de Jesus e para que ele se abra a uma riqueza que ainda desconhecemos. Sigamos o exemplo dos Pastorinhos, que também disseram sim e provocaram um furacão de graça”, exortou o superior geral da Ordem dos Carmelitas Descalços, ao destacar a “humildade, a obediência e o sentido eclesial de Lúcia”.

A irmã Lúcia de Jesus foi carmelita de 1948 ao final da sua vida. A vidente ingressou no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, a 25 de março daquele ano para, no dia 13 de maio, tomar o hábito com o nome de Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, fazendo os votos solenes em 31 de maio do ano seguinte.

 

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