“Esta canonização mostra que Fátima tem a capacidade de tornar vidas santas”, afirma vice-reitor do Santuário de Fátima
Entrevista a Pe. Vítor Coutinho, logo após visita do Papa Francisco
“Uma experiência profunda de fé.” Nas palavras do vice-reitor do Santuário de Fátima, padre Vítor Coutinho, foi isso que se viveu e sentiu no recinto durante a visita do Papa Francisco. Um acontecimento que superou as expetativas, e foi visível através da alegria e entusiasmo da multidão.
Em jeito de balanço, o pe. Vítor Coutinho considera que é difícil e arriscado adiantar números de peregrinos nas celebrações do 12 e 13 de maio, mas assegura que as ruas da cidade estavam cheias. E que a festa foi enorme.
“Não esperávamos que o Papa viesse trazer novidades doutrinais, nem interpretações diferentes de Fátima. Esperávamos que viesse animar este povo na fé, celebrar com esta multidão que se tornou numa expressão da Igreja universal, com esta unidade e diversidade. Ajudar esta multidão a rezar e fazer silêncio”, e isso foi o que aconteceu, referiu.
Ao longo destas 23 horas em Fátima, foram muitos os momentos especiais. Mas o vice-reitor do Santuário elege a canonização dos Pastorinhos como o mais emocionante desta visita papal.
“Esta canonização mostra que Fátima tem a capacidade de tornar vidas santas”, considerou.
O abraço do Papa a Lucas, a criança miraculada pela intercessão dos Pastorinhos, foi outro ponto alto da celebração, que comoveu também o Santo Padre que ficou “com os olhos molhados”.
Pessoalmente, o vice-reitor do Santuário sentiu-se também tocado com a imagem de Francisco, de lenço branco na mão e olhar comovido, a acenar à imagem de Nossa Senhora de Fátima, quando esta se dirigia de regresso à Capelinha das Aparições.
“Tocou-me o adeus da imagem e o Papa a assumir o papel de peregrino de forma natural”, afirmou.
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