07 de maio, 2022
Escuteiros regressam ao Santuário para colaborar no acolhimento de peregrinosO primeiro grupo de oito escuteiros participou numa catequese sobre as aparições, organizada pelo Santuário, a partir dos vitrais da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima
Iniciou-se este sábado a colaboração do CNE no apoio ao acolhimento nas celebrações do Santuário, com um grupo de 8 escuteiros provenientes de agrupamentos do Porto, Maia, Santarém, Ponta Delgada e Lisboa. Os escuteiros, em grupos de seis e de oito elementos, estarão presentes na Cova da Iria todos os fins de semana, até ao final de outubro. Pioneiros, caminheiros e dirigentes ajudarão no acolhimento dos peregrinos nos vários espaços do Santuário e participarão sempre numa catequese oferecida pela instituição, aos sábados de tarde, pelas 17h30, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Para estes oito escuteiros, que inauguram os fins de semana de colaboração entre o Santuário e o CNE, esta é a primeira experiência de acolhimento nestes moldes. A catequese, que hoje foi orientada pelo padre Francisco Pereira, capelão e membro da equipa do Departamento de Acolhimento e Pastoral, é feita a partir dos vitrais da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Numa visita às galerias superiores da Basílica, os escuteiros são convidados a contemplar os vitrais, uma grande tradição da Igreja ao longo dos tempos, e a descobrir o que os seus traços, formas e cores, atravessados pela luz, dão a ver. No âmago da catequese está a história das aparições e a mensagem de Fátima e, através destes vitrais, que retratam a vida de Maria, os escuteiros são introduzidos numa experiência de Fátima. Os vitrais pintados por João de Sousa Araújo acompanham os vários espaços da Basílica neles estão invocações da ladainha de Nossa Senhora. A Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima ergue-se no local onde os três pastorinhos brincavam «a fazer uma paredita» no dia 13 de maio de 1917 quando viram um relâmpago repentino que os surpreendeu e fez com que juntassem o rebanho, para regressarem a casa, com receio de que chovesse. O projeto foi concebido pelo arquiteto Gerardus Samuel van Krieken e continuado por João Antunes. A primeira pedra foi benzida em 13 de maio de 1928 pelo arcebispo de Évora e a dedicação celebrou-se em 7 de outubro de 1953. O título de basílica foi-lhe concedido por Pio XII, pelo breve Luce Superna, de 11 de novembro de 1954. O edifício tem 70,5 metros de comprimento e 37 de largura e foi totalmente construído em pedra calcária da região, branco de mar. O templo é constituído por uma grande nave com capela-mor, transepto e duas sacristias, uma das quais foi convertida em lugar de culto (Capela de S. José). No braço esquerdo do transepto encontra-se a capela onde repousam, desde 1 de maio de 1951, os restos mortais de Santa Jacinta, que morreu no dia 20 de fevereiro de 1920, e os da Irmã Lúcia, que faleceu em 13 de fevereiro de 2005 e para ali foi trasladada no dia 19 de fevereiro do ano seguinte. A imagem da Jacinta que aí se encontra é da autoria de Clara Menéres e foi benzida por João Paulo II no dia 13 de maio de 2000. No extremo oposto do transepto está a capela onde estão depositados desde 13 de março de 1952 os restos mortais de São Francisco Marto, que morreu em 4 de abril de 1919. Naquele mesmo dia 13 de maio de 2000, João Paulo II benzeu a imagem do Francisco, obra do escultor José Rodrigues. |