05 de maio, 2009

Intitulado “Francisco Marto: crescer para o dom” este congresso visa, como explica o presidente da comissão executiva, Padre Vítor Coutinho, “aprofundar a figura desta criança, percebendo os desafios que ela pode lançar à vivência da fé, e nos abra horizontes para reflectir sobre o papel da infância no contexto da espiritualidade cristã”.
Em breves declarações à Sala de Imprensa do Santuário de Fátima, o Presidente da Comissão Científica, Arnaldo de Pinho, da Universidade Católica Portuguesa, avança com mais alguns pormenores sobre esta próxima iniciativa, que decorrerá em Fátima de 18 a 20 de Junho de 2009. (Programa e outra documentação em https://www.fatima.pt/news/18-20-junho-congresso-francisco-marto-crescer-para-dom
1- Daquilo que a Comissão Organizadora já revelou, o Congresso procurará reflectir e ir ao encontro de um leque diversificado de aspectos relacionados com a infância. Esta reflexão é premente?
Prof. Arnando de Pinho – Efectivamente. Senão vejamos: é a primeira vez que uma revelação, privada embora, mas no sentido de Rahner uma revelação privada é um  carisma para toda a igreja, é feita a crianças. Por outro lado, desde o séc. XIX – lembremos sobretudo o nome de Maria Montessori – a criança não é vista como um adulto pequeno, mas como um paradigma do humano. Será também uma figura da graça e um lugar teológico? 
2- Para antecipar um pouco o tema que vai apresentar no primeiro dia dos trabalhos: infância e santidade são realidades inerentes, inseparáveis?
Prof. Arnaldo de Pinho - A teologia, sobretudo a partir do carisma de Santa Teresinha do Menino Jesus tem alguma reflexão sobre a infância espiritual como caminho de santidade. Todavia, essa reflexão não se aplica cabalmente às crianças de Fátima.
Porque Teresa de Lisieux, ou Teresa Martin, não era criança. Não há uma inerência entre a infância e a graça. Mas há que explorar a infância como naturalmente apta para a graça.
A ordenação da temática do Congresso responde às expectativas do Congresso. Repare-se que aí se privilegiam os aspectos antropológicos, isto é a natureza específica da infância, como aptidão (S. Tomás e K. Rahner diriam potência obediencial) para a graça. 
3 - Quais as expectativas que coloca na realização deste congresso?
Prof. Arnaldo de Pinho – Espero que as pessoas que participarem, e os que vierem a ler as Actas, reparem no fenómeno Fátima não como um assunto de criancinhas, mas, diferentemente, como o que devemos às crianças numa perspectiva de educação integral. Que comporta crescer para o dom, isto é para a transcendência.
 
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