11 de abril, 2011
A ENTREVISTA, NA ÍNTEGRA:
1.Porque foi escolhido este tema para o simpósio deste ano?
Como é sabido, a escolha do tema insere-se no itinerário pensado pelo Santuário de Fátima a partir das Memórias da Irmã Lúcia para o período 2010-2017 (não participei directamente nessa fase dos trabalhos), que culminará nesse último ano na celebração do centenário das Aparições. Dentro desse plano temático, a concretizar em cada ano mas interligado entre si, procurou-se definir uma frase inspiradora, um núcleo teológico, um elemento catequético e uma atitude crente a desenvolver. Este primeiro tema, proposto para 2010/11 e centrado na adoração, tem como referência a primeira aparição do Anjo (“Meus Deus, eu creio…” - Memórias da Irmã Lúcia, 4ª Memória, Fátima 2007, 169): o núcleo teológico a aprofundar é o Mistério de Deus Uno e Trino, o elemento catequético a transmitir é o rosto trinitário de Deus, a atitude crente a explicitar é a adoração.
2. Parece-lhe que adoração é um tema importante da mensagem de Fátima? O tema da adoração ajuda-nos a compreender a mensagem de Fátima? E o que tem a mensagem de Fátima a ver com adoração?
A referência acabada de fazer indica já a importância do tema da adoração na Mensagem de Fátima. No meu entender, a abertura espiritual para acolher os sinais de Deus e o sentido profundo do Mistério desse mesmo Deus, vivido nas circunstâncias, nas potencialidades e nos limites de uma experiência crente de crianças, está na raiz dos acontecimentos de Fátima como resposta humana a um dom de Deus. Apoiados na linguagem e nas imagens de uma tradição recebida e fundamentados numa verdadeira experiência crente, os videntes mostram desde o início um enorme sentido do Mistério de Deus e uma grande disponibilidade para o acolhimento desse mesmo Deus. A questão de Deus, do modo como o acolhemos na nossa vida individual e colectiva, a centralidade que damos a Deus na vida quotidiana e na leitura dos aconteci mentos do mundo, é a experiência básica, a trave-mestra, o ponto unificador que atravessa todo o conjunto das Aparições. Falar de adoração, mais do que um aspecto particular de oração ou da expressão orante, é nomear uma dimensão nuclear de toda a atitude verdadeiramente crente.
3. Faz falta falar de adoração na sociedade de hoje?
Certamente que a palavra “adoração”, no sentido cristão do termo, não está na ordem do dia, ainda que haja nos últimos anos esforços no sentido de reavivar nos fiéis uma ou outra prática tradicional nesse sentido, como, por exemplo, a Adoração ao Santíssimo Sacramento. Em termos globais da sociedade em que vivemos, é provável mesmo que a palavra provoque, nalguns sectores e à partida, alguma indiferença ou até rejeição. Muitos se perguntarão: Que é isso de adorar? Adorar quem e porquê? E outros poderão ver na linguagem da adoração a Deus a expressão de algo que contradiz a pretensão humana de sermos pessoas adultas, que querem tomar livremente as suas próprias decisões e gerir autonomamente os seus projecto s de vida. Indo mais directamente à sua pergunta, faz falta certamente falar de adoração, ainda que possamos usar outras expressões para dizer o que a adoração significa. Mais ainda: ajudar as pessoas a entenderem do que se trata quando falamos de adoração e da verdade da existência crente que aqui se exprime é fundamental. No fim de contas, não estamos a referir-nos simplesmente a um aspecto isolado, mais ou menos ligado a uma forma específica de viver a fé ou a expressões meramente devocionais, mas estamos a falar do núcleo decisivo da própria atitude de fé na sua globalidade e do lugar que Deus verdadeiramente ocupa/deve ocupar na nossa vida. Trata-se, numa palavra, de reconhecer Deus como Deus e procurar viver a partir desse reconhecimento com toda a coerência e fidelidade possíveis (“adorar em espírito e verdade”- cf Jo 4, 23). 4. Habitualmente liga-se "adoração" a um espaço orante, quase um refúgio intimista. Parece-lhe que pode ser algo concretizável no quotidiano de pessoas com uma vida comum e agitada? Exactamente é essa particularização do sentido da adoração que importa ultrapassar, sem deixar de reconhecer no seu valor indispensável a vivência de formas particulares de adoração. De facto, há certamente momentos e expressões de vida cristã que sinalizam de modo muito singular a possibilidade e a importância da adoração como síntese significativa do viver crente e sua dimensão orante: desde expressões gestuais e corporais (posição de joelhos, inclinação da cabeça, silêncio interior e acolhedor…) a lugares e momentos próprios (capela do Santíssimo Sacramento ou Adoração ao Santíssimo Sacramento, Adoração da Cruz em Sexta-feira Santa) ou a formas de vida consagrada e contemplativa onde a adoração ocupa um lugar singular em termos de espiritualidade e de prática. Mas sendo sempre embora “muito pessoal” (no sentido de envolvimento e expressão próprios de cada pessoa com a sua história de vida e a sua vivência espiritual), a adoração não pode, não deve ser entendida nunca como algo “intimista”. Pelo contrário, mesmo quando se vive e exprime na solidão do próprio coração e dos momentos, espaços ou formas de vida específicos, está-se em profunda comunhão com outros, com todo este nosso mundo – com as suas alegrias, dores, sofrimentos e esperanças – em que vivemos e de que fazemos parte. Para mim, este é um ponto que deverá muito ser tido em consideração, por exemplo, na actual renovação da prática da Adoração ao Santíssimo Sacramento. É isto concretizável no quotidiano de pessoas com uma vida comum e agitada? Nem sempre é fácil, frequentemente é muito difícil, está talvez aqui um dos maiores desafios que se coloca hoje a uma espiritualidade cristã verdadeiramente encarnada: por um lado, a atitude orante/adorante tem de atravessar a vida quotidiana tal como ela é; por outro, os momentos/tempos específicos de maior densidade, de oração/adoração expressa e reflexa são indispensáveis. Não é possível que Deus seja mesmo o centro do nosso viver crente sem algumas opções pessoais nesta matéria, em termos de disponibilidade de tempo, de capacidade de parar um pouco o ritmo da vida e de se encontrar silêncio interior e exterior. Há aqui aspectos muito importantes, mesmo decisivos, de desenvolvimento de uma espiritualidade pessoal e de educaç&at ilde;o da fé a ter em conta. Mas – devo dizer – estou convencido de que há muitos cristãos (deixe-me dizer: “anónimos”, porque simples no seu modo de viver como membros da Igreja) que vivem em atitude de adoração e o deixam pressentir também por vezes de forma visível. Dá que pensar, por exemplo, que as várias igrejas no centro de uma cidade como Lisboa nunca estejam completamente vazias. 5. O que acolhe quem adora? (Adoração - acolhimento) Basicamente, a questão fundamental da adoração é o acolhimento sincero, profundo, de Deus, traduzido na gratidão de quem se sabe fruto do seu Amor, na disponibilidade para O ouvir nas suas interpelações e na abertura de quem procura ser fiel a um projecto de humanidade feliz como Deus a quer. Na adoração está em causa o acolhimento do verdadeiro Deus, na percepção humilde e agradecida do seu Mistério de Amor como sentido último do nosso viver e do nosso morrer. Nessa perspectiva, a adoração como expressão fundamental de atitude crente é muito mais do que um acto de devoção: é o reconhecimento da nossa própria realidade humana, criaturas de Deus, face ao Mistério que suporta toda a nossa vida e lhe dá um horizonte de esperança. 6. A que se compromete quem adora? (Adoração - compromisso) O compromisso concreto tem sempre que ver com as situações específicas (as histórias de vida) de cada pessoa, sua inserção na Igreja e suas circunstâncias de empenho nas tarefas de construção do mundo, e pode por isso mesmo expressar-se em diversos níveis e formas. Trata-se, no fundo, de responder existencialmente à pergunta: “O que me pede Deus em concreto na minha vida como exigência de fidelidade humana a mim próprio e aos dons que ele me deu?” Isto tem um nível geral, digamos, “público”: viver como cristão no meio do mundo tem de significar alguma coisa e tornar-se perceptível em muitas pequenas coisas. É um compromisso fundamental de fidelidade, sem o qual é contraditório dizer que somos cristãos. Verdadeira adoração exige que se pr ocure testemunhar a verdade no mundo e diante do mundo. Diz o Concílio (Lumen gentium, nº 34) que os fiéis leigos, nas mais diversas tarefas, “agindo em toda a parte santamente, como adoradores, consagram a Deus o próprio mundo”. Mas as formas com tal se realiza acontecem de inúmeras maneiras, na pluralidade imensa das vocações e situações. 7. O termo "adorar" é usado vulgarmente em sentidos não religiosos. Como lê este fenómeno? Alterámos só o significado do verbo "adorar", ou substituímos Deus por outras coisas que adoramos? Haverá sintomas das duas coisas ao mesmo tempo. Por um lado, as palavras e o funcionamento da linguagem são realidades vivas, mutáveis em termos de uso e significação. O que representa também a possibilidade de usos em que se acaba por banalizar, senão mesmo deturpar o significado original, mais profundo das mesmas. É verdade que há um uso excessivo, meramente profano, por vezes até idolátrico da palavra “adorar”. Mas isso pode também acontecer – acontece a maior parte das vezes! – sem se usar a palavra “adorar”… E também não podemos esquecer que usamos muitas vezes o nome de “Deus” em vão… Por outro lado, é verdade que a insensibilidade e os sinais de banalização que aí se manifestam revelam uma certa perda do sentido mais profundo das coisas. E mais ainda: às vezes, nessas formas de linguagem poderão vir mesmo ao de cima sinais indicativos de uma grande inversão de valores. Poderá encontrar-se aqui um bom ponto de partida existencial-prático para uma catequese sobre a fé que se queira e se deve fazer (por exemplo, na preparação para o baptismo, para o casamento, etc.). 8. Fala-se de adoração e de atitude. Pode-se falar de uma "atitude adoradora"? Não só se pode como se deve, como aliás já o sugeri atrás, e aqui estará até o ponto mais importante a ter em conta, tanto em termos de reflexão teológica como no aspecto de vivência crente. A fé é uma atitude de vida, que envolve as camadas mais profundas do nosso ser pessoa e tem a ver com tudo o que somos e fazemos. Pode ser descrita como um olhar o mundo com os olhos de Deus, como um viver no mundo como se vivêssemos no Reino de Deus. Isto é, tem como raiz uma opção fundamental de vida que vê em Deus a força e a graça que tudo envolve. A adoração emerge como síntese englobante e culminante da vivência da fé. 9. Nos temas agendados para o simpósio está incluída a questão de Deus na cultura contemporânea. Muitos analistas concordam que Deus foi afastado das sociedades contemporâneas. Concorda com esta afirmação? Se as pessoas puseram Deus de lado, será que é porque vivem melhor sem ele? É uma questão muito complexa, porque aquilo que chamamos cultura(s) contemporânea(s) é uma realidade multifacetada. Há consenso generalizado de que vivemos nas últimas décadas fenómenos de duplo sentido: por um lado, prosseguem e até se refinam sintomas e expressões de um processo de secularização que continua; por outro, a busca de Deus e os sinais de que a questão de Deus não pode ser abafada, eliminada, são também indesmentíveis. Há ainda formas de expressão e comportamentos não religiosos onde a questão de Deus se coloca, mesmo que as pessoas não usem expressamente a palavra “Deus”. É verdade, sem dúvida, que, no quotidiano perceptível e na agenda dos interesses e preocupações determinantes de um número muito significativo de pessoas, a questão de Deus não ocupa o lugar primordial, é muitas vezes vista como dispensável, a maior parte das vezes partir de uma atitude de indiferença. O mais decisivo, porém, passa, a meu ver, por três aspectos. Por um lado, apesar desse indesmentível silenciamento de Deus ou dessa indiferença pela questão de Deus no quotidiano, nós não sabemos bem o que se passa na profundidade do coração das pessoas, e sempre de novo somos surpreendidos por factos e expressões que indiciam essa presença de Deus apesar de todo o silêncio, indiferença ou negação. Por outro lado, a questão verdadeiramente importante tem sempre a ver – para todos, particularmente para os cristãos – com o Deus de que estamos a falar: trata-se do verdadeiro Deus de Jesus Cristo, estamos disponíveis para acolher o verdadeiro Deus, com todas as consequências que tal implica, ou procuramos um Deus à nossa imagem e semelhança, um Deus que resolva de forma imediata os problemas que nós devemos enfrentar e, se possível, solucionar, um Deus que corresponda simplesmente aos nossos desejos e ideias, um Deus que, afinal, não existe nem pode existir porque é uma mera criação humana? Finalmente – este é o terceiro aspecto –, o problema fundamental é saber se, como pessoas e como humanidade, podemos construir sem Deus um mundo verdadeira e autenticamente humano: conseguimos sempre certamente fazer coisas maravilhosas, mas o verdadeiro e definitivo progresso humano passa pela verdade, pelo amor, pela justiça, pela liberdade, pela paz, ou seja, por todo um conjunto de atitudes e valores de vida que só a revelação cristã de Deus no seu Mistério tematiza e possibilita em termos de permanência, plenitude e validade definitivas. Claro que a verdade aqui contida só pode ser apresentada como proposta a ser reconhecida pela experiência vivida, e é por aqui que passa a importância da credibilidade do testemunho cristão. Tudo isto sugere como o tema do Simpósio, nos seus vários matizes, toca em assuntos extremamente importantes. 10. O Senhor Professor é docente na área do ecumenismo. A diversidade de confissões cristãs será um obstáculo para as pessoas terem acesso à experiência de Deus, ou poderá ser vista também como uma oportunidade? Num primeiro registo é, sem dúvida, um obstáculo: as divisões dos cristãos, tais quais elas hoje se manifestam, colocam sempre a pergunta pela credibilidade do que anunciamos. Mostram que na nossa humanidade pecadora, nós, os cristãos, pomos em primeiro lugar as nossas tradições, as nossas ideias, os nossos interesses de grupos, os condicionamentos culturais e outros que nos afectam, etc. à frente de uma profunda conversão pessoal e institucional que nos colocasse/coloque mais abertos a Deus e mais fiéis ao Evangelho de Jesus. Mas num segundo registo, ou seja, tendo em conta a real humanidade que somos, as histórias concretamente vividas por pessoas e amplas comunidades humanas bem como a legítima e indispensável pluralidade que naturalmente tem de haver nas experiências de vivência pessoal e comunitária da fé, conforme os contextos culturais, as circunstâncias históricas, etc., as diversas experiências confessionais podem ser uma oportunidade e, para milhões de pessoas, são de facto o único caminho concretamente possível de descoberta e acesso ao verdadeiro Deus. Há não só condicionalismos próprios mas também riquezas que resultam das diversas experiências confessionais, e por isso o ecumenismo – como sublinhou João Paulo II na Ut unum sint – é um intercâmbio de dons. Dou dois pequenos exemplos em termos de potencialidades e limites neste campo: um cristão ortodoxo tem um enraizamento cultural, uma experiência pessoal e uma sensibilidade próprios que lhe permitem encontrar Deus e descobrir dimensões do seu Mistério que dificilmente captará nas nossas celebrações eucarísticas actuais; um cristão luterano poderá ter desenvolvido uma sensibilidade para a gratuidade de Deus e seus dons que, por um lado, o ajude a descobrir melhor o Mistério de Deus e, por outro, torna difícil para ele o entendimento de algumas práticas tradicionais católicas. 11. O simpósio abordará também a figura de Nossa Senhora. O que nos ensina Maria quanto à atitude crente? A tradição da Igreja sempre o reconheceu, desde o início, mas a sensibilidade católica das últimas décadas (recolhida e sublinhada pelo Vaticano II) e a atenção renovada ao testemunho bíblico sobre Maria nos últimos anos fazem ressaltar hoje mais claramente Maria como figura-tipo da atitude crente, tanto em termos individuais como numa perspectiva eclesial. Verdadeiramente, Maria é figura típica do que a fé significa, é expressão exemplar do caminhar na fé, é concretização vivida do ser discípulo/a de Jesus (em verdade, ela é a primeira discípula do seu Filho). 12. A devoção a Nossa Senhora de Fátima pode pôr em causa o apelo a uma centralidade de Deus na vida dos crentes? Correctamente entendida e praticada, não. Pelo contrário: Maria é sempre caminho para Jesus, indicativo do que Deus, na sua graça, fez e faz a favor da humanidade. Nada há na Mensagem de Fátima que ponha em causa essa centralidade. Certamente que pode haver formas individuais, expressões da devoção a Maria (em Fátima e não só) que podem pôr em causa essa centralidade ou não tê-la devidamente em conta. Desvios são sempre possíveis e existem, de facto. Mas mesmo naquelas expressões que, pelo menos à primeira vista, possam parecer que põem em causa essa centralidade, há sempre que “deixar a Deus o que a Deus pertence”, ou seja, é preciso reconhecer que não sabemos o que se passa no mais profundo da consciência das pessoas, o que acontece em cada história concreta de vida e sua relação com o Mistério de Deus. Isso não dispensa, obviamente, toda a ajuda que deve ser dada em ordem ao discernimento da verdadeira prática da fé, todo o empenho na apresentação de uma criteriologia que deve existir à luz do Evangelho, todo um caminho longo, persistente, de uma pedagogia da fé em ordem a uma correcta percepção da “hierarquia das verdades” e a um caminhar progressivo no amadurecimento da mesma fé. Mas aqui a nossa responsabilidade de teólogos, ministros eclesiais, pessoas com maior formação cristã, etc., deve partir sempre de uma atitude de grande escuta das histórias reais de vida e seus pressupostos culturais. 13. Como se deve entender a consagração a Nossa Senhora que muitos católicos vivem? Creio que é uma forma de as pessoas expressarem existencialmente a sua disponibidade de vida para o acolhimento de Deus, seguindo traços fundamentais do discipulado que em Maria se concretiza e tipifica: o “sim” incondicional da fidelidade a uma chamada vocacional concreta; o sentido da gratuidade dos dons de Deus que suporta toda uma vida; a tradução da misericórdia de Deus na vida quotidiana; o acolhimento dos dramas da dor e do sofrimento como interpelação a uma mais profunda comunhão com Deus e com os outros seres humanos, etc. Numa palavra: trata-se de seguir a Jesus dentro do que poderíamos chamar como os sinais e as interpelações de uma “espiritualidade mariana”. 14. Por último uma pergunta mais pessoal: como está a ser a experiência de integrar a comissão organizadora deste simpósio promovido pelo Santuário de Fátima? Tem sido uma experiência muito interessante e positiva a vários títulos: pela atitude simples e acolhedora com que somos recebidos e trabalhamos; pela relação amiga com pessoas que já conhecia, mas que se vai aprofundando naturalmente com a responsabilidade de um trabalho em comum; pela oportunidade de reflexão sobre questões importantes do nosso ser cristão e ser Igreja no mundo de hoje; não em último lugar, pela oportunidade e pelo estímulo que me são dados para conhecer e aprofundar melhor a mensagem de Fátima na múltipla riqueza de elementos que ela contém. |