13 de outubro, 2023
“Em Fátima, não há estrangeiros nem fronteiras”Na homilia deste 13 de outubro, o cardeal D. Américo Aguiar pediu oração pela paz, pelo Papa e pelo Sínodo e apresentou Fátima como lugar de encontro e comunhão.
Na homilia da Missa Internacional Aniversária deste 13 de outubro, o cardeal D. Américo Aguiar pediu aos peregrinos, reunidos na Cova da Iria, oração pela paz, pelo Papa e pelo Sínodo dos Bispos e apresentou Fátima como lugar onde a fé gera comunhão e encontro. “Somos peregrinos de Fátima, unidos pelo Amor a Nossa Senhora. Um Amor sem fronteiras, um amor rezado em todas as línguas, feito de súplicas e gratidão. (…) Em Fátima, não há estrangeiros nem fronteiras. E a oração do Rosário, na recitação repetida da Avé-Maria e do Pai-Nosso, permite-nos viver a condição de irmãos, filhos do mesmo Deus, gratos pela presença da Mãe, que desceu do Céu para nos revelar a dimensão do Amor puro e gratuito que Jesus nos deu e viveu”, concretizou o presidente da Peregrinação Internacional Aniversária de Outubro. O apelo à oração pela paz foi o centro da homilia do recém no bispo de Setúbal, que já na noite de ontem havia lembrados os emergentes conflitos do mundo atual. Esta manhã, voltou a pedir oração pela paz na Ucrânia, na Terra Santa e “em todas as geografias onde é derramado o sangue de inocentes”, lembrando também o drama da migração no Mediterrâneo e apontando cada peregrino como construtor da paz esperada. “Fátima sóis vós. Há pouco, ouvimos dizer, no Evangelho, que Jesus entregou a chave do Reino dos Céus. Se fosse hoje, Jesus entregava uma password e essa password seria “amor” (…) Sejamos essa password para o Reino dos Céus”, exortou o prelado, ao evocar também a Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, que decorre em Roma até ao final de outubro. Neste dia em que se celebra a solenidade do aniversário da dedicação da Basílica da Senhora do Rosário, o presidente da celebração elogiou a “capacidade da humanidade de construir templos”, dando pelas “pedras vivas” que edificam “a Igreja de Jesus, o templo espiritual que supera todos os templos”. No final da homilia, o recém-nomeado bispo de Setúbal pediu a oração dos peregrinos também pelo seu ministério enquanto pastor diocesano.
Na Palavra ao doente, durante o momento de adoração ao Santíssimo Sacramento, a irmã Inês Vasconcelos apontou a confiança da presença de Deus e a fé perseverante como atitude ideal na doença e privação. “Hoje, como há dois mil anos, Jesus estás connosco e diz-nos: tem confiança, meu filho, a tua fé te salva! (…) Ele conhece o nosso íntimo e aquilo que pode dar plenitude à nossa existência. Ele é o médico divino. Não permitamos que o sofrimento ou dor nos roubem a alegria da esperança ou nos separem do amor de Cristo. Jesus está sempre connosco, para nos ressuscitar”, disse a religiosa das Servas de Nossa Senhora de Fátima que é responsável pelo Centro de Escuta do Santuário de Fátima, ao lembrar a presença materna e segura que Nossa Senhora garantiu aos Pastorinhos. “À casa da Mãe viemos à procura de paz e conforto para o nosso caminho, muitas vezes atribulado e percorrido em deserto. Como aos santos Pastorinhos, hoje a Mãe diz-nos: ‘o meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus”.
Cardeal D. Américo Aguiar ofereceu a Nossa Senhora de Fátima o báculo que usou na peregrinação, a cruz episcopal da JMJ, o anel e solidéu cardinalícios e o lenço branco do adeus.No final da celebração, o reitor do Santuário de Fátima agradeceu, em nome do bispo de Leiria-Fátima - ausente na Cova da Iria por estar a participar na Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, em Roma - a presidência e as palavras do cardeal D. Américo Aguiar, nesta peregrinação de 12 e 13 de outubro. "Não tenho dúvidas de que estes peregrinos continuarão a rezar pelos bons frutos da Assembleia Sinodal e também para que Nossa Senhora venha em auxílio do seu ministério pastoral, como bispo de Setúbal", garantiu o padre Carlos Cabecinhas, ao deixar um último apelo à oração pela paz no mundo, de uma modo muito especial na Terra Santa e na Ucrânia. Após a procissão do adeus, já na Capelinha das Aparições, o cardeal D. Américo Aguiar ofereceu a Nossa Senhora de Fátima o báculo que usou na peregrinação, a cruz episcopal que usou durante a JMJ, o seu anel e solidéu cardinalícios e o lenço branco que usou na procissão do adeus, momentos antes. “Este báculo foi-me oferecido pela Cáritas de Jerusalém, em Belém, por ocasião da minha visita em julho passado por causa da JMJ Lisboa 2023. Vou oferecê-lo a Nossa Senhora, pedindo-Lhe a sua muito especial intercessão pela paz na terra de Jesus, na Ucrânia e em tantas outras geografias e corações”, escreveu, em nota prévia, onde também justificou as restantes ofertas, que depositou aos pés da Imagem de Nossa Senhora de Fátima. “Faço-o como sinal de gratidão pelo apoio incondicional de Nossa Senhora ao que foi a JMJ: preparação e vivência e o que terá de continuar a acontecer nos corações dos jovens peregrinos (...) O anel cardinalício quer significar a consagração desta nova missão `inesperada´ à nossa Mãe", explicou.
[NOTÍCIA EM ATUALIZAÇÃO] |