25 de dezembro, 2021
É do acolhimento de Deus no Menino do presépio que “brota a confiança nestes tempos difíceis que atravessamos, porque Deus assume a nossa fragilidade, identifica-se com os nossos sofrimentos e vem em nosso auxílio”Pe. Carlos Cabecinhas presidiu esta noite à missa do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo na Basílica da Santíssima Trindade
A Basílica da Santíssima Trindade acolheu esta noite a missa do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, presidida pelo reitor do Santuário de Fátima, o Pe. Carlos Cabecinhas. No Menino Jesus do Presépio “contemplamos o nosso Salvador e é o seu nascimento que faz desta noite de Natal uma noite especial”, começou por explicar o sacerdote na reflexão apresentada aos peregrinos. “Na simplicidade do relato de São Lucas, como na contemplação dos nossos presépios, transparece a imensa ternura de Deus para connosco, expressa festivamente no hino de «glória», que escutámos no coro angélico, que apareceu aos pastores, e que hoje voltámos a cantar”, recordou, reiterando que todos “Somos amados por Deus e todo o mistério celebrado no Natal se concentra neste amor de Deus por nós, nesse amor que se expressa de forma única no presépio”. Desta forma “Deus quer dar-se a conhecer, e fá-lo manifestando-se num recém-nascido totalmente indefeso, porque Deus é Amor, e só na fragilidade Ele se manifesta, como nos mostra o presépio”. “Em nenhum lugar Deus é mais glorioso do que nesta na total dependência de uma criança recém-nascida, em nenhum lugar Deus é mais forte do que na debilidade de uma criança que tem absoluta necessidade de ajuda e de amor, em nenhum lugar Deus é mais omnipotente do que na impotência livremente escolhida de um recém-nascido que chora, em nenhum lugar Deus é mais divino do que na sua manifestação como o Menino do presépio e é assim que Deus quer dar a conhecer-se”, explicou o Pe. Carlos Cabecinhas. O sacerdote explicou ainda que Deus vem “como criança para que nós não nos sintamos ameaçados por Ele, para que não sintamos medo de Deus, para que possamos amar Aquele que é Amor, e celebrar o Natal “é reconhecer este amor e acolher este Deus que quer ser amado”. “A contemplação do presépio, se nos convida a tomarmos consciência de somos amados por Deus, também nos exorta a tornarmo-nos nós mesmos na manjedoura que acolhe o menino Jesus”, disse, falando deste desafio que consiste no “acolhimento de Jesus que nasce a alegria a que nos convida esta noite, a alegria de nos sabermos amados por Deus; a alegria de o sabermos presente nas nossas vidas”. É deste acolhimento de Deus no Menino do presépio que “brota a confiança nestes tempos difíceis que atravessamos, porque Deus assume a nossa fragilidade, identifica-se com os nossos sofrimentos e vem em nosso auxílio”. “É deste acolhimento de Jesus que nasce a paz, promessa dos Anjos na noite Santa como grande dom de Deus à humanidade, e que nasce ainda o compromisso de estamos atentos aos outros e às suas necessidades, pois se Deus, por amor, se identificou com os pequenos, não podemos ficar indiferentes às suas necessidades, sofrimentos e dores”, clarificou o reitor do Santuário de Fátima, concluindo a sua reflexão ao lembrar que o presépio aponta para a Eucaristia e por isso, “é a Eucaristia que está no centro na celebração cristã do Natal”. Amanhã, dia 25 de dezembro, dia da Solenidade do Natal do Senhor, a Missa será às 11h00, na Basílica da Santíssima Trindade. Estas celebrações podem ser acompanhadas, em direto, nos canais digitais do Santuário de Fátima. À semelhança do que aconteceu em 2020, a osculação do Menino Jesus será substituída por um gesto de veneração, devido à situação pandémica. Por isso, durante as celebrações, mantêm-se em vigor as recomendações de segurança. No dia 26 de dezembro, Solenidade da Sagrada Família, a missa será celebrada às 11h00, na Basílica da Santíssima Trindade. Neste dia, far-se-á uma oração por todas as famílias. Em todas as missas das três solenidades (Natal, Santa Maria Mãe de Deus e Epifania) e na festa da Sagrada Família, a recolha de ofertas, durante a veneração do Menino Jesus, serão destinadas à Obra Social das Criaditas dos Pobres. |