07 de junho, 2020

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Reitor do Santuário desafiou peregrinos a serem “força transformante” e expressão do amor da Santíssima Trindade

Na homilia da Missa deste domingo, o padre Carlos Cabecinhas sublinhou a centralidade de Santíssima Trindade na mensagem de Fátima, apontando a vida dos santos Pastorinhos como exemplo de dádiva a Deus e aos outros.

 

Neste X Domingo do Tempo Comum, dia em que a Igreja celebra a solenidade da Santíssima Trindade, uma assembleia numerosa de peregrinos reuniu-se no Recinto de Oração do Santuário de Fátima para a celebração da Missa, presidida pelo reitor do Santuário, padre Carlos Cabecinhas, que exortou os presentes a serem “força transformante” do amor que Deus expressa pelo mistério da Santíssima Trindade.

No início da celebração, o sacerdote lembrou os fiéis que têm cumprido espiritualmente a sua peregrinação à Cova da Iria e que acompanham as celebrações pelos meios de comunicação social, devido à atual pandemia.

“Somos uma grande comunidade – não só a que está aqui presente, mas também a que nos acompanha –, unidos na mesma fé em Deus, que é Pai, Filho e Espírito Santo”, assinalou, no início da homilia, salientando a vivência prática do Mistérios da Santíssima Trindade na fé cristã.

“Mais que uma fórmula que aprendemos na catequese, a Santíssima Trindade é uma realidade que se experimenta quotidianamente e um Mistério que se contempla... A fé cristã, que aqui nos reúne, é a fé num Deus único, que é Pai, Filho e Espírito Santo, à qual a Igreja, na sua sabedoria, quis dedicar um domingo, para nos ajudar a tomar consciência mais viva deste Mistério e da nossa fé”, disse o reitor do Santuário, destacando, a partir da Palavra proclamada, o convite à contemplação da presença de Deus na vida pessoal a que os cristãos são chamados na celebração desta solenidade.

 “Na vida dos discípulos de Cristo ressuscitado, tudo tem esta marca da Santíssima Trindade. (…) De facto, nós, cristãos, não acreditamos num qualquer Deus, indeterminado ou vago… O nosso Deus não é uma qualquer energia, mas um Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo, que é amor e que nos convida permanentemente a participar dele.”

Destacando este amor como verdadeira identidade da Santíssima Trindade, o presidente da celebração apontou para a centralidade que esta revelação assume na mensagem de Fátima.

“Aquilo que podemos dizer não são grandes especulações, é esta experiência da misericórdia de Deus para connosco. Diz-nos o Evangelho que Deus se faz presente nas nossas vidas não para condenar, mas para salvar. É esta centralidade de Deus, Santíssima Trindade, e são estes desígnios de misericórdia que estão no centro da mensagem de Fátima”, disse o sacerdote, ao evocar o exemplo de dádiva a Deus e aos outros expressado na vida de São Francisco e Santa Jacinta Marto.

“Nos gestos e nas palavras, quer do Anjo da Paz, quer de Nossa Senhora, Deus revela-se a Si mesmo no Seu Mistério trinitário, dá-se a conhecer no Seu amor misericordioso, suscitando, da nossa parte, uma resposta generosa de adoração, uma entrega da própria vida e de atenção aos outros, como vemos na vida dos santos Pastorinhos, que testemunharam o desejo de estar com Deus e de O consolar e exprimir este amor a Deus, Santíssima Trindade, no amor aos outros e no cuidado pela sua salvação.”

Na conclusão, o padre Carlos Cabecinhas exortou os peregrinos a tomarem “consciência do lugar central que Deus”, experimentando a “força transformante da comunhão com Deus, Santíssima Trindade” como “anunciadores e servidores dos desígnios de misericórdia de Deus para com toda a humanidade”.

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