27 de outubro, 2024

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“Diante da agressividade do nosso tempo, não nos tornemos agressivos também”

D. Augusto César, bispo emérito de Portalegre-Castelo Branco, lamentou que, em muitas partes do mundo, e até em Portugal, o diálogo esteja a ser substituído pelas armas.

 

Na homilia da missa deste domingo, celebrada no Recinto de Oração, D. Augusto César deixou aos peregrinos apelos ao diálogo e à caridade como contraponto à violência e à ambição.

Inspirado na primeira leitura, do Livro de Jeremias, o bispo emérito de Portalegre-Castelo Branco lançou a interrogação: “Quem não vê o que se passa em diversos países, à conta da violência e da ambição, para conquistar a dianteira do caminho? E quem não sente a diferença entre a prática da fé e o desleixo da caridade?”.

Numa alusão à Epístola aos Hebreus, na segunda leitura, D. Augusto César retomou as palavras que Jesus Cristo dirigiu aos discípulos: “Assim como eu fiz, fazei vós também”. E enumerou gestos concretos para demonstrar como o Sumo Sacerdote terá feito: “acolhendo as crianças com simplicidade e ternura, recebendo os doentes com compaixão e cuidando da sua cura, aceitando os pecadores fraternalmente e perdoando-lhes os pecados”.

Aos muitos peregrinos que o acompanhavam no Recinto de Oração e através dos meios digitais, o presidente da celebração pediu: “Diante da agressividade do nosso tempo, não nos tornemos agressivos também. Façamos, antes, como o Papa Francisco nos ensina: sabendo ‘sorrir’ e ‘praticando a caridade’”.

A partir do Evangelho segundo São Marcos, o bispo emérito salientou que “o diálogo abre caminho à confiança e ajuda a cultivar a fraternidade”. Por isso, prosseguiu, “dá pena que a guerra substitua o diálogo pelas armas e que, algumas vezes, também a sociedade, mesmo no nosso país, imite um procedimento semelhante, à conta do desafio ou da vingança”.

Na homilia que proferiu, D. Augusto César deixou ainda palavras de apreço aos membros da Legião de Maria que, este fim de semana, se encontram no Santuário de Fátima em peregrinação. Convidou os peregrinos a olhar, “com admiração e estima”, para o trabalho apostólico realizado por este movimento e por outros ali presentes ou espalhados pelas diversas paróquias.

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