10 de junho, 2022

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“Deveríamos amar verdadeiramente Cristo e Nossa Senhora, pois eles são os nossos guias, dois amigos que nunca nos abandonam”

Martim Remelgado tem 15 anos, mas parece que tem uma vida inteira vivida de experiências interpretadas à luz da mensagem de Fátima.

 

“Nesse lugar sinto-me mesmo muito bem. Acho que experimento a paz de que muita gente fala e depois, quando regresso a casa, de ter rezado junto da ‘mãe’, volto sempre com o coração aconchegado e quentinho”, refere o jovem portuense que visita o Santuário desde que se lembra de si como gente: “A minha ligação a Fátima começou há muito tempo, ainda no infantário Casa de Santa Isabel”, onde estudou entre os 2 e os 5 anos, explicou. “As minhas educadoras falavam muito de Nossa Senhora, e eu cantava tantas músicas marianas que elas já nem me conseguiam ouvir”, refere este jovem, que, como os pastorinhos de Fátima, assegura ter Nossa Senhora e Jesus como “dois grandes amigos”.

“Este é o problema” da sua geração, adianta destacando que “por isso são pessoas solitárias e sofredoras”. “Sempre estive ligado à Igreja, mas sinto que há muitos jovens que não têm esta vontade e, por isso, vivem os seus problemas de forma mais triste e solitária”, porque, primeiro, “olham para a Igreja através dos maus exemplos” e, segundo, “não conseguem perceber que Jesus e Nossa Senhora são verdadeiramente os nossos amigos”. “Temos muita gente nas nossas vidas, mas Estes dois estão sempre connosco; é esta certeza que falta aos jovens”, adianta deixando uma recomendação: “deveríamos amar verdadeiramente Cristo e Nossa Senhora, pois Eles são os nossos guias, que nunca nos abandonam”.

“Temos uma tendência para só ver o lado negativo das coisas em vez de nos centrarmos no Evangelho. Jesus deixou-nos uma mensagem tão bonita para cumprirmos, e os grandes momentos da Igreja servem justamente para isso: para nos lembrarmos de que somos uma imensa comunidade que precisa de gostar de anunciar Jesus”, refere no podcast#fatimanoseculoXXI, disponível em www.fatima.pt/podcast e nas plataformas iTunes e Spotify.

Martim domina por completo o itinerário proposto pela mensagem de Fátima – oração (do terço, claro está!), conversão, adoração, reparação, sacrifício e paz – mas é na adoração que se sente mais completo: “Gosto muito de rezar sozinho e estar no meu canto”, ao jeito de Francisco, procurando “consolar Nossa Senhora e Jesus”. Por isso, questionado sobre o que lhe diz a Mensagem, com apenas 15 anos, a resposta foi imediata e natural: “lembro-me sempre da aparição de junho, quando Nossa Senhora lembra a Lúcia que nunca a deixará só. Isso é muito bonito! Nós não estamos sós e isso torna tudo mais fácil!”, adianta.

“As palavras de Nossa Senhora confirmam-nos que temos Mãe e mostram-nos que nunca estamos sozinhos, que Ela está sempre connosco a acompanhar-nos na nossa caminhada e que vai ser Ela que nos vai levar ao Céu. Por isso, o que me diz a mensagem particularmente? Diz-me que nunca estou só e que terei sempre a mesma companhia”.

“Tento falar disso aos meus amigos, mas nem sempre é fácil”. Porquê? “Porque quando não se quer acreditar ou abrir o coração para se deixar guiar tudo é mais difícil, e o sofrimento diante dos problemas também há de ser mais difícil”, diz.

“Se nos oferecermos todos os dias, se rezarmos muito, se rezarmos pelos outros, se fizermos penitência em ato de reparação pelos pecadores e se rezarmos a pedir pela paz estamos a fazer a vontade a Nossa Senhora”, acrescenta.

“É claro que não é fácil; tenho as minhas fragilidades e erro muito, mas no final do dia tenho de pensar no que fiz de mal para no dia seguinte ser melhor”, reconhece numa maturidade de quem trata a mensagem de Fátima por tu.

“Andei num infantário – Casa de Santa Isabel – dos 2 aos 5 anos, e lá existe a capela de Sampaio, gerida pelas Irmãs Oblatas do Coração de Jesus. Sempre ouvia as minhas educadoras falarem de Nossa Senhora, fazíamos desenhos sobre Ela, depois comecei a ir a Fátima na Peregrinação das Crianças, dos Acólitos e sem ser em datas festivas. Gosto de conhecer e saber mais”, afirma. “Em Fátima sinto que estou em casa”, refere ainda.

E os Pastorinhos? “São um exemplo muito grande para mim”, sobretudo “na maneira como rezavam a Jesus e com Jesus. O Francisco e a Jacinta mostram-nos que a nossa vida com Jesus e Nossa Senhora é muito mais feliz. Os nossos sofrimentos são secundários quando temos Jesus, porque ganhamos um novo sentido de vida que se torna diferente, e Fátima ensina-nos que a nossa fé, aqui na terra, se for resistente, mesmo com as nossas fragilidades, as nossas quedas, vai-nos levar a algo muito melhor que é o encontro com Jesus”.

Martim esteve na Peregrinação das Crianças, este ano, dois anos depois de ter cá estado pela última vez neste grande evento.

“O Santuário tem um papel importante na evangelização dos jovens. Se calhar, era importante terem mais momentos regulares de encontro com Jovens”, sugere.

O podcast#fatimanoseculoXXI pode ser ouvido na integra em www.fatima.pt

 

 

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