04 de junho, 2010
Esta manhã, na abertura do congresso nacional sobre Jacinta Marto, que decorre até Domingo no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima, e no qual participam 460 pessoas, o bispo de Leiria-Fátima, reflectiu sobre o tema “DO ENCONTRO À COMPAIXÃO”, título desta iniciativa promovida e organizada pelo Santuário de Fátima.
D. António Marto recordou a actualidade da reflexão sobre a compaixão, um tema que não é “abstracto, meramente académico”, mas sim “uma questão profundamente existencial que penetra até ao núcleo da fé e da espiritualidade cristãs, sobretudo depois das experiências atrozes de sofrimento do século XX, contempladas na mensagem de Fátima”.
Na sua reflexão, D. António Marto sublinhou ainda, que “o nosso Deus não é apático, indiferente à dor humana, mas Deus simpático, no sentido original do termo, que sofre connosco. A compaixão é a resposta de Deus à paixão do homem, e manifesta-se de modo perfeito na cruz”.
Maria, referiu também D. António, é ícone da compaixão de Deus, e Jacinta, um dos três a vidente de Nossa Senhora em Fátima, compreendeu bem essa mensagem de “compaixão de Deus através de Maria e do seu Imaculado Coração”. “De facto, a Jacinta manifestou um verdadeiro amor de ‘com-paixão’ como participação na dor de Deus pelo drama da incredulidade e do ódio, pelo sofrimento da Igreja perseguida e pelos sofrimentos terrificantes da humanidade em guerra que eram expressão da banalidade e normalidade do mal. Mostrava-se pois incansável na oração, no sacrifício pela conversão dos pecadores, na partilha com os pobres”, afirmou. |