Dedicação da Basílica da Santíssima Trindade celebrada com apelo à comunhão eclesial e à união com o Papa

Dedicação da Basílica da Santíssima Trindade celebrada com apelo à comunhão eclesial e à união com o Papa

Na solenidade da dedicação da Basílica da Santíssima Trindade, peregrinos foram convidados à consciência da Igreja viva e à comunhão com o Santo Padre, sinal visível dessa unidade.

Na homilia da Missa da peregrinação mensal de novembro, neste dia 13, em que na Cova da Iria também se celebra o aniversário da dedicação da Basílica da Santíssima Trindade, o reitor do Santuário exortou os peregrinos à consciência da Igreja viva e à comunhão com o Santo Padre, que apontou como sinal visível da unidade. Na Basílica que hoje celebra o seu aniversário, o padre Carlos Cabecinhas destacou ainda a centralidade que a Santíssima Trindade na mensagem de Fátima.

Na reflexão que proferiu, o presidente da celebração começou por assinalar o aniversário da dedicação da Basílica da Santíssima Trindade, que considerou ser ocasião ideal para a tomada de consciência de que “a igreja edificada é símbolo da Igreja que somos”. De seguida, destacou, na Palavra proclamada, a evidência desse mesmo mistério.

“Na primeira leitura, o rei Salomão manifestava a consciência de que Deus será sempre maior que qualquer construção nossa. Mas a segunda leitura dá um passo mais, com São Pedro a assegurar-nos de que Deus não habita em edifícios, mas na comunidade crente, edificada por Cristo, como uma construção viva. A comunidade cristã e o coração humano são o verdadeiro templo onde Deus habita, o lugar do encontro com Deus por excelência”, assegurou, ao apelar à responsabilidade comum, que deriva do facto de cada membro da comunidade ser templo de Deus, visível na Cátedra de Pedro.

“Nada na vida da Igreja nos é estranho. Nada na vida da Igreja nos pode ser indiferente. Alegramo-nos com as suas alegrias, sofremos com a infidelidade dos seus membros. E esta consciência aponta para a comunhão com o Santo Padre, que é o sinal visível da unidade”, explicou o presidente da celebração, ao constatar que o título de basílica dado à igreja da Santíssima Trindade, porque concedido pelo Papa, “põe em evidência este vínculo especial de comunhão com o Sucessor de Pedro”.

“É marca característica de Fátima a união com o Santo Padre, que faz parte da própria mensagem de Fátima”, disse o reitor do Santuário, exortando os peregrinos a, neste dia da dedicação da Basílica da Santíssima Trindade, assumirem o compromisso de união com o Santo Padre, através da adesão aos seus ensinamentos e à oração pelo Papa.

Por fim, o sacerdote lembrou a centralidade que a Santíssima Trindade na mensagem de Fátima, expressa na dedicação dada à igreja onde a celebração decorreu.

“Esta Basílica foi dedicada à Santíssima Trindade porque este lugar: de louvor a Deus, uno e trino; de ação de graças; de adoração; da escuta da Palavra que Deus nos diz. Sabemos também que a Santíssima Trindade está no centro da mensagem de Fátima, que nos apela veementemente a dar a Deus um lugar especial na nossa vida, vivendo de acordo com a sua vontade, dedicando tempo à oração, descobrindo os sinais da Sua presença nos outros e nos acontecimentos.

A igreja da Santíssima Trindade foi dedicada em 12 de outubro de 2007 pelo cardeal Tarcisio Bertone, então Secretário de Estado do Vaticano e legado de Bento XVI para o encerramento do 90.º aniversário das Aparições de Fátima. Em 2012, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos concedeu a este templo o título de basílica, concessão atribuída por Decreto de 19 de junho de 2012 e que pôs em evidência o seu relevo pastoral e, sobretudo, o especial vínculo de comunhão com o Santo Padre – dimensão particularmente importante da mensagem de Fátima – e simultaneamente o carinho que o Sucessor de Pedro nutre por Fátima.

A peregrinação mensal de novembro, hoje assinalada, faz memória das Aparições da Virgem Santa Maria aos Pastorinhos, entre maio e outubro de 1917.