06 de março, 2007
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Na manhã do dia 1 de Março o grupo de 290 militares de partida para o Kosovo peregrinou a Fátima onde participou na Eucaristia celebrada às 12h30, na Capelinha das Aparições.
Presidiu à celebração D. Januário Torgal Ferreira, bispo do Ordinariato Castrense.
“Vim dizer-lhes que não haverá paz enquanto os direitos do ser humano não forem respeitados. A missão deles é para junto de povos que estiveram numa luta acesa e tem sido a presença de militares que tem dissuadido os vários oponentes de guerrearem-se. Ora, são esses critérios de tranquilidade, de paciência, de inter-ajuda, de transmissão de valores culturais que têm de transformar a Europa num continente cujas raízes foram raízes cristãs”, afirmou D. Januário Torgal Ferreira em declarações à Sala de Imprensa do Santuário durante o almoço do grupo, após a celebração Eucarística.
Maia Pereira, comandante do batalhão, caracterizou a missão do grupo misto de 290 militares: “Vamos constituir a reserva táctica do comandante das forças da NATO no Kosovo, ou seja, vamos ser a força que o comandante no Kosovo, numa degeneração, de instabilidade, num aumento de instabilidade, tem para usar, em diversos cenários”. O grupo militar actuará em caso de degeneração de segurança e também, no reforço dos trabalhos de vigilância, patrulhamento e presença militar. “O Kosovo tem muitas características em termos de redes de tráfico de drogas, contrabando e tráfico humano. As portas de entrada são zonas de vigilância em que periodicamente vamos ter de ir lá”, afirmou Maia Pereira. A iniciativa do 2º Batalhão Mecanizado de Santa Margarida, que no Kosovo terá a designação “KFOR Tactical Reserve Maneuver Battalion”, de deslocar-se ao Santuário de Fátima, prontamente acolhida pelo Bispo da Forças Armadas, foi considerada pelo Comandante Maia como um “gesto reconfortante”. “Eu não imponho religião ao batalhão. Sou católico, sou crente, mas não imponho religião. Pensámos: porque não uma missa de despedida na Capela das Aparições, em Fátima? D. Januário veio connosco, foi uma missa simbólica, para quem acredita”, sublinhou. Um outro militar, Afonso, director de Informação do batalhão, fala sobre os seus sentimentos: “Vou para esta missão com o mesmo sentimento que todos os militares, o de contribuir para a estabilidade do território do Kosovo e para a manutenção da paz”, afirma o jovem militar, casado, com um filho. “A minha família está consciente daquilo que acabei de dizer, deste sentimento de prestação de serviço, e também já não é a primeira vez (que saio), eles já estão habituados”, afirma o militar que também já participou em outras missões internacionais. |
