07 de outubro, 2012

Em fim de semana alargado pelo feriado nacional de 5 de outubro, foram muitos os grupos de peregrinos e as famílias portuguesas a rumar a Fátima, que assim se juntaram aos grupos estrangeiros em peregrinação. Em maior número, estiveram na Cova da Iria os peregrinos da Família Franciscana portuguesa.
A liturgia do dia realça hoje a dignidade do matrimónio. Neste sentido, na eucaristia celebrada às 11:00 no Recinto de Oração, rezou-se em Fátima, pela voz do reitor do Santuário, “por todas as famílias cristãs para que, fiéis ao projeto de Deus que nos criou para o amor, saibam testemunhar esse amor de Deus para com todos os homens e mulheres”. Rezou-se também “por todos esses projetos de amor e de vida familiar que fracassaram, para que o Senhor seja o suporte e o auxílio de todos aqueles que se vem envolvidos em tais dramas”.
No momento da homilia, a reflexão do padre Carlos Cabecinhas destacou a importância do sacramento do matrimónio: “A plena realização do ser humano só acontece na relação. O Homem que vive fechado em si próprio, no seu egoísmo e auto-suficiência, que se fecha ao amor e à partilha, é um homem profundamente infeliz, que nunca conhecerá a felicidade plena, porque a vocação do Homem é a relação, é o amor”.
À luz da Mensagem de Fátima, da interpelação deixada por Nossa Senhora “Quereis oferecer-vos a Deus?”, a realidade matrimonial, referiu o sacerdote, “é a concretização da entrega de si, da oferta se si aos outros, antes de mais ao conjugue e aos filhos. (…) Amar a Deus na vida matrimonial significa amar a Deus na esposa, ou no esposo, e nos filhos”.
Como Igreja Doméstica, a família, recordou o padre Carlos Cabecinhas, “torna-se, por isso, a primeira escola de vida cristã, ao mesmo tempo que é uma escola de enriquecimento humano”.
Qual a resposta a dar aos casos de matrimónios fracassados? 
Para o reitor “a separação será sempre o fracasso do amor e, por isso, não está prevista no projeto ideal de Deus”, isto porque “Deus não concebe um amor que não seja total e duradouro”.
“Apesar de tudo, o realismo obriga-nos a reconhecer que a nossa vida, a vida do Homem e da Mulher, é sempre marcada pela fragilidade, pela debilidade, tão próprias à nossa humana condição”, daí que, reconhecendo esses fracassos e falhas, compete à comunidade cristã agir com compreensão: “acolher e ajudar aqueles a quem as circunstâncias de vida impediram de viver o tal projeto ideal de Deus”.
“Não se trata de renunciar ao ideal, ou sequer de o desvalorizar, trata-se de sermos todos nós testemunhas da bondade e da misericórdia que Deus usa para com todos”, sublinha contudo o padre Carlos Cabecinhas.
LeopolDina Simões

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