22 de junho, 2018
D. Manuel Linda pediu a militares para guardarem “um lugar especial para Nossa Senhora” nas suas vidasAdministrador Apostólico do Ordinariato Castrense presidiu à 37.ª Peregrinação Militar Nacional a Fátima, que decorreu entre ontem e hojeTerminou, ao final da manhã de hoje, a 37.ª Peregrinação Militar Nacional a Fátima, que reuniu militares dos vários ramos das forças armadas e de segurança à volta do tema “Em Fátima … os militares rezam pela paz no mundo”. Esta manhã, no momento da saudação a Nossa Senhora, na Capelinha das Aparições, D. Manuel Linda, que presidiu à peregrinação, sublinhou a importância da “consciência da maternidade divina da Virgem Maria”. Na homilia da Missa da Peregrinação, o bispo do Porto e Administrador Apostólico do Ordinariato Castrense exortou os peregrinos a acolherem Nossa Senhora nas suas vidas. Depois de fazer uma breve contextualização histórica do episódio relatado na primeira leitura do dia, do Livro dos Reis, onde a intervenção das forças armadas assume relevo no cumprimento do plano divino, D. Manuel Linda sublinhou o papel atual das forças armadas como “uma das grandes reservas morais da nação”. A partir desta ideia, o prelado exortou os militares presentes a serem “amigos da liberdade e da independência”, numa vivência comum com a “cultura e a religião do seu povo”, com vista a uma maior proximidade e amizade. “A cultura de um povo, a sua dimensão religiosa, e a capacidade de estar ao lado desse povo é o que faz, das nossas forças armadas e de segurança uma das grandes reservas morais da nação", afirmou. A partir do pedido feito por Jesus aos discípulos para que acumulassem tesouros no Céu, relatado no Evangelho, D. Manuel Linda indicou Nossa Senhora como “o tesouro que nos segura pela mão e nos faz ver Deus”. “Nesta linguagem mariana, ‘acumular tesouros no Céu’ pode significar olhar para o Alto, para a figura de Maria, representante daquilo que é ser Igreja, e, neste mundo, viver consequentemente: em paz, como irmãos que têm em comum a mesma Mãe”, disse, ao sublinhar o papel "importante" dos militares como “agentes” deste desígnio, no “favorecimento da paz e da boa convivência social”. O Administrador Apostólico do Ordinariato Castrense deixou, como mensagem conclusiva para a peregrinação dos militares, uma citação do Papa Francisco: “Se Nossa Senhora vive na casa, o demónio não entra lá”, oferecendo uma leitura da mesma. “Para a nossa mentalidade, o demónio é expressão de todo o mal e representa tudo o que é negativo. Nesta perspetiva, o Santo Padre quis-nos dizer que, se fizermos da nossa vida uma habitação para Nossa Senhora, o mal físico moral, as angústias e as tristezas não entram.” D. Manuel Linda terminou, pedindo aos peregrinos presentes para reservarem "um lugar especial para a convidada de honra, que é Nossa Senhora, a exemplo dos santos Pastorinhos e da serva de Deus Lúcia de Jesus”. “Nossa Senhora é a padroeira da Marinha, da Força Aérea e da Guarda Nacional Republicana, mas no Exército e na Polícia de Segurança Pública a devoção a Maria é a mesma. Se, nas nossa vidas individuais e institucionalmente, a Senhora estiver, tenhamos a certeza de que o mal não entra”, concluiu. A 37.ª Peregrinação Militar Nacional a Fátima teve início durante a tarde de ontem, com a Via-Sacra até ao Calvário Húngaro, onde houve um momento de celebração penitencial. À noite, houve recitação do Rosário, na Capelinha das Aparições, seguida de procissão eucarística no Recinto. Estiveram nesta peregrinação milhares de militares dos vários ramos das forças armadas e de segurança, tendo estado presentes: o Secretário-Geral do Ministério da Defesa Nacional; o Chefe da Casa Militar da Presidência da República; o Diretor-Geral de Recursos da Defesa Nacional; a Subdiretora-Geral da Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional; o Diretor-Geral de Politica da Defesa Nacional, os Chefes do Estado-Maior da Armada e da Força Aérea; o Comandante-Geral da Guarda Nacional Republicana; o Presidente da Liga dos Combatentes e os capelões adjuntos dos ramos presentes. |