26 de junho, 2022
D. José João Marcos, bispo da diocese de Beja, desafiou os jovens a “não ter medo”Recinto de Oração do Santuário de Fátima acolheu missa dominical com a presença de inúmeros grupos de peregrinos.
O Recinto de Oração do Santuário de Fátima acolheu missa dominical com a presença de inúmeros grupos de peregrinos. O mais numeroso, oriundo da diocese de Beja, contou com a presença do bispo diocesano, D. José João Marcos, que presidiu à celebração. Em 2022, a diocese de Beja, comemora 75 anos da peregrinação da Imagem de Nossa Senhora venerada na Capelinha das Aparições, às suas paróquias, e o prelado anunciou que de outubro a dezembro, uma Imagem da Virgem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, estará naquela diocese, lembrando a efeméride. “Sustentada pelo dinamismo do Espírito Santo, Maria continua a pôr-se a caminho, e assim nos ajuda a caminhar como discípulos de Jesus, e a viver a nossa vida como peregrinação para a casa do Pai”, disse D. José João Marcos. A liturgia deste dia, apresenta pessoas a caminho, mas “nem sempre os nossos percursos são retos, como o Apóstolo S. Paulo nos advertia na segunda leitura”. “É muito fácil sermos enganados por outros e ficarmos escravos, como estava acontecendo com os cristãos da Galácia”, lembrou o bispo da diocese de Beja, mas “a palavra do Apóstolo cortou a direito e ajudou aqueles cristãos, e continua a ajudar-nos também a nós, a caminhar como discípulos de Cristo”. “Foi para a verdadeira liberdade que Cristo nos libertou! Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade! Mas pela caridade, colocai-vos ao serviço uns dos outros”, considera o prelado. A liberdade, “por muito necessária e importante que nos pareça, não podemos entendê-la como valor supremo e ponto de chegada, mas a Caridade, pela qual nos colocamos ao serviço dos outros, é, de facto, a virtude básica daqueles que renasceram do alto e se tornaram filhos adotivos de Deus, discípulos e herdeiros de Jesus Cristo Nosso Senhor”. No evangelho “víamos Jesus com os discípulos a caminho de Jerusalém”. “Também nós andamos com Jesus, mas que diferentes são os nossos comportamentos dos comportamentos d’Ele”, advertiu D. José João Marcos. Os diálogos de Jesus com três pessoas referidas na segunda parte do evangelho de hoje “têm palavras muito duras, que podem corrigir-nos e colocar-nos corretamente no Seu seguimento”. “Para começarmos a ser discípulos autênticos de Jesus, é necessário obedecermos primeiro a este mandamento do Senhor, vai, vende o que tens, dá-o aos pobres, e terás um tesouro nos céus. Depois, vem e segue-Me! Vender os bens não é consequência do seguimento de Jesus, é condição prévia: depois vem e segue-Me!”, afirmou o bispo de Beja. Assim, “Ser discípulo de Jesus é passarmos da morte para a vida verdadeira é tornarmo-nos semeadores da vida eterna que Ele nos veio trazer e o discernimento de que precisamos para seguirmos o Senhor, ajuda-nos a estar no mundo sem sermos do mundo”. “Jovens aqui presentes, Se hoje ouvirdes a voz do Senhor não fecheis o vosso coração, se Ele te chama para Lhe dares a tua vida e anunciares o Seu evangelho, não fiques parado olhando para os teus pecados e considerando-te indigno. Não tenhas medo!”, desafiou o prelado, explicando que ninguém pode dar a si mesmo uma vocação ou uma eleição. “É o Senhor que, no seu amor por nós, nos chama e nos elege, e habitualmente, o Senhor não escolhe os que humanamente são mais capazes, mas capacita aqueles que escolhe”. Termina hoje mais um retiro da Escola do Santuário, que propôs aprofundar a oração como experiência transformadora da existência. A iniciativa contou com dezena e meia de participantes. |