19 de maio, 2019
D. Francisco Senra Coelho desafia peregrinos a serem missionários do amor de Deus através de “gestos concretos de Evangelho vivido e partilhado”Arcebispo de Évora, que participa na 77ª Peregrinação Nacional da Família Salesiana ao Santuário de Fátima, presidiu à Missa dominical
Na homilia da Missa deste V domingo de Páscoa, D. Francisco Senra Coelho apresentou o “amor, que identifica os discípulos de Jesus Cristo pela disponibilidade para amar até à doação total da vida,” como a grande mensagem da Liturgia e elemento identitário dos cristãos. A partir do relato do Evangelho, em que Jesus apresenta o amor ao próximo como o mandamento novo, o presidente da celebração apresentou o Filho de Deus como “modelo de amor”, alertando para algumas práticas contrárias aos Seus ensinamentos. “Para Jesus, amar significa acolher, pôr-se ao serviço dos outros, dar-se a si mesmo. Estas atitudes de serviço não podem ser feitas com o calculismo da conquista proselitista, mas devem levar em si o absoluto da gratuidade e o total respeito pelos outros, exaltando a liberdade e a dignidade de cada ser humano, sem manipulações ou subtis discriminações, chantagens e condicionalismos limitativos e manipuladores”, advertiu o prelado, ao apresentar o amor descrito como sinal “distintivo dos cristãos” e missão da Igreja. “Eis irmãos e irmãs a nossa vocação: viver e testemunhar o amor que o mandamento de Jesus nos transmite; amar cada ser humano e o mundo criado por Deus com o próprio amor com que somos amados por Ele, o qual experimentámos, muitas vezes, na delicadeza da Sua misericórdia e na ternura da Sua presença eucarística.” O arcebispo de Évora, que acompanhou a 77ª Peregrinação Nacional da Família Salesiana ao Santuário de Fátima, concluiu a reflexão apresentando o “íntegro e abnegado testemunho sacerdotal” de São João Bosco como exemplo de quem soube “amar, defender, promover e dar a vida pelas crianças, adolescentes e jovens mais pobres”. Olhando para Maria como “mestre e catequista que ensina a ser Igreja missionária em saída”, o presidente da celebração convidou, por fim, os peregrinos a serem “discípulos missionários” da Igreja através de “gestos concretos de Evangelho vivido e partilhado”, assumindo os “apelos de purificação e renovação” deixados pelo Papa Francisco. No Recinto de Oração do Santuário estiveram grupos de peregrinos portugueses e estrangeiros, estes últimos provenientes de Espanha, Itália, Alemanha, Polónia, Áustria, Irlanda, Reino Unido, Eslováquia, Eslovénia, Hungria, Ucrânia, Brasil, Estados Unidos, Vietname, Coreia do Sul e Filipinas. |