02 de fevereiro, 2022

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D. António Marto manifesta um profundo agradecimento pelo carinho e afeto recebidos ao longo de 16 anos

Administrador Apostólico da diocese de Leiria-Fátima desafiou ainda os consagrados a viver o caminho da sinodalidade com “entusiasmo e ousadia”

 

O Cardeal D. António Marto, Administrador Apostólico da diocese de Leiria-Fátima, presidiu esta manhã à missa da Apresentação do Senhor, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário.

No final da celebração, dirigindo-se aos consagrados e consagradas presentes, e a todos os que acompanharam a celebração através dos meios de comunicação social e digital, manifestou “um particular e profundo agradecimento pela colaboração na vida pastoral da diocese" e agradeceu "as manifestações de afeto e carinho" que foi recebendo ao longo destes 16 anos.

"Agradeço-vos de todo o coração”, enfatizou.

“É motivo de particular alegria estar aqui convosco a celebrar esta festa cheia de beleza e ternura, que é a apresentação de Jesus no Templo, feita pelas mãos de Maria e José”, começou por referir na homilia.

Recordando uma carta recente do Perfeito da Congregação Romana para a Vida Consagrada, o prelado lembrou o convite dirigido a todos os consagrados e consagradas a “entrar no caminho sinodal da Igreja em curso, com a riqueza dos seus carismas e das suas vidas, sem esconder as suas dificuldades e feridas”. 

No Evangelho hoje proclamado “podemos ver de certo modo uma imagem de Igreja sinodal, na figura daqueles dois santos anciãos, Simeão e Ana, representantes do povo, que caminham juntos ao encontro de Cristo, e juntamente com Cristo Maria e José, caminham em direção ao coração do Pai”.

“Todos fazem caminho movidos pelo Espírito e escutam-se reciprocamente uns aos outros, e escutam a inspiração do Espírito que os ajuda a abrir-se à novidade e à surpresa de Deus e a descobrir naquele Menino o Messias Salvador e anuncia-Lo aos outros, para que cada um O possa abraçar na intimidade do coração”, explicou o Cardeal D. António Marto.

O prelado destacou que este caminho assenta em quatro dimensões: consagração, escuta, comunhão e missão.

Em primeiro lugar “caminhar juntos na consagração, significa estar bem conscientes da graça do chamamento recebido, da vocação compartilhada, da vida totalmente entregue ao serviço de Deus e dos Irmãos”, e a convicção que este caminho sinodal é “tempo de graça”, anima os consagrados e consagradas a “renovar e a fortalecer a sua consagração, vivendo este momento como uma oportunidade de encontro e proximidade com Deus e com os outros”.

“Caminhar juntos na escuta da palavra de Deus”, significa que “este caminho comum para encontrar Deus, e se entregar a Ele e à Sua igreja, só se pode fazer a partir da escuta, é preciso afinar ouvido interior para escutar com coração, a palavra e o espirito que nos iluminam e inspiram, para escutar os irmãos e irmãs, com quem se compartilha a vida comunitária, para escutar a humanidade com as suas alegrias e tristezas, com os seus gritos de dor e anseios de paz”.

D. António Marto assegurou ainda que “esta escuta é a melhor garantia para caminhar juntos na fidelidade à própria vocação”, no entanto é preciso ter presentes três aspetos: reciprocidade, respeito e compaixão, pois “são sempre necessárias a comunicação sincera, a empatia com o outro e a abertura do coração para receber a verdade que o outro nos pode comunicar”.

Só desta forma os consagrados podem encontrar os caminhos de um “genuíno crescimento e converter-se em testemunhas interpeladoras, no meio de uma sociedade que tanta vez fecha os seus ouvidos à voz de Deus, no meio de milhares de vozes e se fecha também aos gritos dos mais frágeis”.

“Caminhar juntos na comunhão”, significa que os consagrados e consagradas são chamados a ser na Igreja e no mundo “peritos na comunhão, casa e escola de comunhão, manifesta com Deus e com membros da própria comunidade e toda a humanidade”

Porém, esta comunhão eclesial “não significa uniformidade, ela realiza-se na diversidade dos dons, dos carismas e serviços”, e deste modo os consagrados e consagradas são convidados a “fortalecer a sua comunhão fraterna, antes de mais dentro da própria comunidade, das famílias carismáticas, dentro dos institutos favorecendo as relações e na Igreja local, intensificando e envolvimento e participação na vida da Igreja diocesana”.

“Caminhar juntos na missão”, supõe antes de mais “descobrir a doce e confortadora alegria de evangelizar, e experimentar simultaneamente a alegria de comunicar a Boa Nova”.

Os consagrados e consagradas contribuem para “enriquecer a missão da Igreja onde o mundo mais precisa e também para descobrir caminhos e linguagens novas para que o anúncio do Evangelho possa chegar a âmbitos mais vastos e profundos dos homens deste tempo”.

Assim “sonhando juntos, rezando juntos, caminhando juntos contribuem para que a Igreja sinodal não seja utopia, mas sim um verdadeiro sonho que possa tornar-se realidade”.

D. António Marto considera “belo o horizonte” do caminho sinodal que se abre, “exigente que implica conversão espiritual e pastoral”, mas que “vale a pena, por isso percorrei-o com entusiasmo e alegria, e sempre com coragem”.

O Dia Mundial da Vida Consagrada, que se celebra na data em que a Igreja festeja a Apresentação do Senhor ao Templo, foi instituído por São João Paulo II no ano de 1997.

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