01 de janeiro, 2018

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D. António Marto fez balanço dos acontecimentos importantes vividos em 2017

Prelado presidiu esta noite à celebração de ação de graças na Basílica da Santíssima Trindade

 

D. António Marto, bispo da diocese de Leiria-Fátima, presidiu esta noite à celebração de ação de graças na Basílica da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima. A missa com o canto do Te Deum, em ação de graças pelo ano que findou, e pelas graças recebidas, teve início pelas 22h00 e contou com a presença de muitos peregrinos oriundos de Portugal e do Estrangeiro.

O bispo da diocese de Leiria-Fátima, em jeito de balanço, relembrou os acontecimentos mais relevantes acontecidos em Fátima e na Igreja em Portugal.

“Em primeiro lugar foi a celebração do centenário das aparições de Nossa Senhora durante sete anos com o seu momento mais alto na visita do Papa Francisco”, lembrou o prelado agradecendo e apoiando o Sumo Pontífice na sua missão.

D. António Marto, afirmou que a vivência da celebração do Centenário das Aparições de Fátima “significou sair de uma visão parcial de Fátima centrada na curiosidade dos segredos e na série de devoções avulsas para olhar Fátima como Epifania do Amor”.

Em 1917 “a Virgem confiou aos pastorinhos de Fátima a missão sempre antiga e sempre nova de chamar o mundo atribulado às próprias fontes do Evangelho em tempos de descrença e de guerras”, o que para o bispo diocesano significa “partir de novo da presença de Deus próximo e amoroso com os dons da misericórdia e da paz; converter ou reeducar o nosso coração ao amor verdadeiro através da adoração, da compaixão e da oração do rosário para nos conformar ao coração de Cristo e de sua mãe; decidir-se finalmente pelo Bem e pela Paz na história através da colaboração na reparação do pecado do mundo”.  

O prelado lembrou que ao longo destes sete anos foi possível “experienciar a catolicidade e a projeção mundial de Fátima”, que foi e é “um dom para a Igreja e para a humanidade”.

“Fátima não pertence só a Portugal ou à Igreja; é do mundo inteiro que aqui afluiu de todos os povos, culturas e línguas, acima de todas as expectativas”, reiterou.

“A canonização de Jacinta e Francisco Marto é um outro motivo para o nosso júbilo e para atual meditação”, disse.

D. António considera que a “primeira coisa que salta à vista é o valor da vida invisível de Jacinta e de Francisco”.

“Eles não foram heróis famosos nem conheceram a popularidade das redes sociais de comunicação, mas simples crianças como tantas outras que viveram uma experiência particular de fé guiadas por Nossa Senhora. A sua santidade é um puro acontecimento da graça divina que atua onde quer e como quer”.

Outra evidencia que se destaca nos pastorinhos “é o facto de ser um sinal divino da nova valoração da infância e da dignidade das crianças como um compromisso a assumir”.

Francisco e Jacinta “são um exemplo e modelo de santidade para toda a Igreja com o perfil espiritual próprio de cada um; são um desafio ao santuário para levar mais a peito a sua vocação a ser escola de santidade de povo, santidade popular”.

Outro aspeto que o prelado considera importante realçar é a vivência do centenário da restauração da diocese de Leiria-Fátima, a 17 de janeiro de 1918 após a sua extinção por motivos políticos em 1882.

“Queremos que seja um tempo de graça e de renovação espiritual e pastoral desta diocese particularmente abençoada pelo carisma de Fátima, das aparições e da mensagem da Senhora e do Santuário popularmente reconhecido como «altar do mundo»”.

Por fim, D. António Marto realçou o dia mundial da paz dedicado aos “migrantes e refugiados: homens e mulheres em busca de paz”.

“No atual cenário político, o Papa propõe quatro pilares para responder a este dramático problema: acolher, proteger, promover e integrar”, explicou o prelado lembrando que estes quatro aspetos  “requerem uma prática constante de quatro virtudes, a saber: acolher significa viver a hospitalidade; proteger significa exercer a tutela, a atenção e defesa dos mais frágeis e indefesos, da sua dignidade e direitos humanos; promover significa a fortaleza de combater preconceitos e medos e criar espaços e oportunidades de diálogo, colaboração e desenvolvimento; integrar significa exercer a fraternidade que encurta distâncias e abre caminhos de encontro, de adaptação, de compreensão e de inclusão”.

No final da homilia, D. António Marto desafiou os peregrinos a “assumir o compromisso próprio – por mais insignificante que possa parecer – de ajudar os irmãos refugiados e migrantes a encontrar aqui na nossa terra, na nossa pátria, na nossa Europa horizontes concretos de um futuro melhor a construir”.

No final da celebração ouviu-se o cântico Te Deum, em ação de graças pelo ano vivido. Após este momento os peregrinos foram convidados a ir em procissão até à Capelinha das Aparições, onde foi recitado o rosário. 

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