31 de dezembro, 2016

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D. António Marto afirma que «É necessário recompor um mundo que se está a desfazer»

Prelado presidiu esta noite à celebração de ação de graças na Basílica da Santíssima Trindade

 

D. António Marto, bispo da diocese de Leiria-Fátima, presidiu esta noite à celebração de ação de graças na Basílica da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima. A missa Te Deum, em ação de graças pelo ano que findou, e pelas graças recebidas, teve início pelas 22h00 e contou com a presença de muitos peregrinos portugueses e estrangeiros.

O bispo da diocese de Leiria-Fátima, em jeito de balanço, relembra «uma longa lista de problemas não resolvidos aos quais acrescem novas tensões, fraturas e conflitos, nomeadamente a chamada “terceira guerra mundial em episódios”».

«A dor do mundo parece que vai aumentando e as mortes de tantos “santos inocentes” parecem eclipsar as esperanças geradas pelos “nascimentos” de tantas iniciativas e gestos de solidariedade e de paz», porque de facto, «o drama humano suscita o aparecimento de pequenos ou grandes gestos de bondade, amor e solidariedade mesmo se não fazem notícia nos telejornais».

«Onde se gera um novo sofrimento, surge gente concreta que se solidariza com quem sofre, que partilha o que tem ou que arrisca o bem-estar ou a vida pelos outros e contra a injustiça. Pudemos ver isso no drama dos refugiados, nas situações de terrorismo, nos conflitos do Medio Oriente, no terramoto do Haiti ou aqui mais perto de nós por ocasião dos incêndios na Madeira...»

O prelado afirma que «É necessário refazer ou recompor um mundo que se está a desfazer, a descompor. Importa nunca desanimar».

Terminado o Ano Santo da Misericórdia, «um período muito importante e positivo para a Igreja e para o mundo», porque «recordou ou descobriu todos os aspetos tão belos e ricos de um Deus misericordioso, que não se cansa de abrir, de par em par, a porta do seu coração de Pai, para nos repetir que nos ama, que está sempre pronto a acolher, a perdoar a libertar, a curar, a levantar, a renovar. Isto consolou muita gente e ajudou-a a aproximar-se de Deus».

O período do Ano Santo da Misericórdia foi igualmente relevante porque «mostrou outra imagem de Igreja: acolhedora, aberta, que não exclui ninguém, que não se separa de nada mesmo com o risco de se contaminar; uma Igreja que sai para as periferias e vai até ao último, ao mais afastado».

«Não se pode conhecer Deus sem a misericórdia, nem um cristão que não seja misericordioso através das obras de misericórdia corporais e espirituais. São obras que mudam a qualidade de vida e promovem uma nova cultura do cuidado, da atenção, do apoio, do encontro, da inclusão: uma verdadeira revolução cultural! O Papa soube conduzir muito bem este ano santo e a Igreja nos caminhos da misericórdia», explicou D. António Marto.

Essa «proximidade misericordiosa de Deus» manifestou-se «de modo extraordinário nas aparições de Nossa Senhora em Fátima» cujo Jubileu estamos a celebrar.

«Em Fátima, Nossa Senhora oferece-nos o seu coração e o seu olhar para contemplarmos e acolhermos a ternura e a misericórdia divina que se oferece como força e limite face ao poder devastador do mal nas barbaridades das duas guerras mundiais e como conforto à Igreja peregrina, ferozmente perseguida e ameaçada de aniquilação», afirmou ainda.

O prelado considera «verdadeiramente espantoso» o modo como Fátima «irradiou e continua a irradiar, ao perto e ao longe, para todo o mundo e a tornar-se centro de atração, verdadeiro altar do mundo!»

Neste sentido, o bispo de Leiria-Fátima lançou um desafio aos peregrinos: «Estamos nós verdadeiramente conscientes do dom das aparições da Virgem Mãe em Fátima? Estamos dispostos e disponíveis a responder e a corresponder aos seus apelos? Vamos, pois, viver o Jubileu do Centenário em ação de graças e como uma experiência forte de graça e de paz com a presença e o impulso do nosso querido Papa Francisco!»

D. António Marto recordou ainda o 50º aniversário do ia Mundial da Paz, instituído pelo beato Paulo VI.

«Por esta ocasião, o Papa Francisco dirige-nos uma mensagem muito pertinente. Perante a exibição da violência cega, brutal e cruel nas mais variadas expressões, ao longe ou à beira das nossas casas, como modo normal de resolver conflitos ou controvérsias, o Papa alerta para a necessidade de uma nova cultura da não-violência ativa como estilo de vida, de convivência e de uma política para a paz. A cultura e as políticas de não-violência devem começar a edificar-se antes de mais no coração de cada um e no interior da família donde deve ser banida toda a violência doméstica».   

A celebração foi seguida de procissão para a Capelinha das Aparições e recitação do Rosário. Com o início do novo ano, ouviu-se o toque do Carrilhão acompanhado da Consagração ao Imaculado Coração de Maria e gesto de Paz. A noite terminou com um convívio na Casa de Retiros de Nossa Senhora das Dores. 

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