27 de outubro, 2019

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D. Anacleto Oliveira considera que “não há oração sem conversão, se a oração não levar à conversão não passa de uma farsa”

Bispo da Diocese de Viana do Castelo presidiu à missa dominical no Recinto de Oração do Santuário de Fátima

 

 

D. Anacleto Oliveira, bispo da Diocese de Viana do Castelo, presidiu à missa dominical no Recinto de Oração do Santuário de Fátima, no âmbito da peregrinação dessa diocese à Cova da Iria, para celebrar o Jubileu dos 40 anos da criação. Nos serviços do Santuário, fizera-se ainda anunciar vários grupos de peregrinos como é o grupo Legião de Maria, que pelo 50.º ano consecutivo peregrina a Fátima, em especial este ano que se celebra 70 anos de implementação em Portugal.

O bispo da Diocese de Viana do Castelo começou a sua reflexão, interpelando os peregrinos com várias perguntas: “Porque Fátima? Qual a razão que nos traz aqui? Que encontramos aqui de especial que não encontramos com a mesma intensidade e que nos faz vir aqui?”

“A melhor resposta que ouvi até hoje, foi há quase 15 anos, precisamente no dia em que fui ordenado bispo aqui neste Santuário, e entrei com um grupo de sete pessoas, cinco delas era a primeira vez que vinham a Fátima. Entramos pela Colunata Sul, e espontaneamente fez-se silêncio, e passados uns minutos uma dessas pessoas afirma «aqui respira-se o sobrenatural»”, contou o prelado, considerando a expressão “bela e completa”, e por essa razão, este momento ainda permanece na sua memória.

D. Anacleto Oliveira considera que cada ser humano precisa da dimensão sobrenatural, porque caso contrário, “ficamos entregues apenas à nossa condição humana, frágil, limitada, e sujeita a tantas dificuldades que podem destruir da nossa existência, e por isso precisamos de algo que a natureza não dá”.

“O verbo «respirar», porque a palavra «respirar» faz parte do espírito, do sopro, que é a fonte essencial da nossa vida, mas também não chega o ar natural, precisamos do sopro divino, o Espírito Santo, e encontramos isso aqui de modo intenso”, explicou o prelado.

Fazendo uma reflexão sobre a expressão e respetiva origem “deste lugar”, o bispo Diocese de Viana do Castelo considera que aquela que se apresentou como sendo a «Senhora do Rosário» trouxe uma mensagem muito “simples que condensamos em duas palavras: oração e conversão”.

“Conversão é ato permanente em que eu deixo de olhar apenas para mim próprio e me volto para a fonte da vida que é Deus e são os outros, para os quais eu vivo, os outros que Deus coloca no meu caminho, porque se eu não me dou ao outro, tenho uma vida falhada”, alertou o prelado.

Por seu turno, a oração “é uma das expressões mais ricas e completas, porque inclui a conversão, uma vez que eu volto me para Deus, e em Deus eu volto-me para o outro, para todos os que Deus ama, a começar pelos que andam fora dos Seus caminhos”.

“Não há oração sem conversão, e se a oração não levar à conversão não passa de uma farsa”, afirmou D. Anacleto explicando que não há conversão que não leve à oração, e dessa forma o Rosário “é o conjunto de orações em que a dupla componente da oração aparece, porque a oração implica sempre o outro”.

Pedindo que olhassem a imagem de Nossa Senhora de Fátima, o bispo da Diocese de Viana do Castelo, falou das expressões que esta imagem contém, como é o caso das “mãos erguidas para Deus, e olhos voltados para nós”.

“Maria é uma expressão viva desta conversão e neste Santuário a própria configuração do Recinto, é como que Nossa Senhora de braços abertos, se olharmos a Basílica e colunatas”, concluiu.

A partir de 1 de novembro, entra em vigor o horário de inverno no programa celebrativo do Santuário de Fátima, com alterações que se prolongarão até à Páscoa.

Durante este período, a celebração da Missa das 11h00, de segunda a sexta-feira, passa para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, e ao sábado e domingo para a Basílica da Santíssima Trindade.

Com o novo horário, a Missa dominical na Capelinha das Aparições é alterada para as 12h30, e a hora de reparação ao Imaculado Coração de Maria, na Capelinha das Aparições, passa a realizar-se apenas aos sábados e domingos, às 14h00. Deixam também de estar calendarizadas celebrações oficiais noutros idiomas, mantendo-se a possibilidade de marcações pontuais.

Nota ainda para a procissão das velas que, do início do Advento de Natal à Quaresma, se realiza apenas aos sábados e dias 12 de cada mês.

Informação detalhada em www.fatima.pt

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