26 de dezembro, 2014

 
Nas celebrações do dia de Natal fez-se a osculação da imagem do Menino Jesus
“Cristo nasceu! Este é o feliz anúncio deste dia e tempo do Natal. Cristo nasceu, vinde, adoremos”. Para o Reitor do Santuário de Fátima o grande anúncio do Natal é o acontecimento do nascimento de Jesus, contudo, torna-se necessário encontrar o “significado mais profundo do Natal”, que é o “convite a fazer calar o ruído em que nos envolvemos para nos distrairmos da vontade de Deus, tantas vezes misteriosa; é desafio a fazermos calar as vozes do comodismo”.
Na homilia da Missa de Natal, celebrada na Basílica da Santíssima Trindade às 11:00 do dia 25, o padre Carlos Cabecinhas lembrou aos muitos peregrinos presentes que “o Menino Jesus é-nos apresentado como a Palavra do Pai, Palavra que que nos ilumina e nos conduz à vida plena”. 
“O Deus-Menino é a Palavra capaz de dar sentido às nossas vidas, capaz de atingir a profundidade da nossa existência e dos nossos problemas”, daí a necessidade da escuta, o que significa “acolher Jesus, Palavra de Deus”. 
Como no nascimento de Jesus, o grande desafio do Natal permanece: “Este continua hoje a ser o verdadeiro drama do Natal: não termos lugar para Cristo, não O acolhermos. Corremos sempre o risco de, ou por estarmos demasiado distraídos de Deus, ou por não querermos que Ele venha incomodar as nossas rotinas e opções, também nós não termos espaço para o Deus Menino”. 
Por isso, lembra o Reitor, “o silêncio é também característico da narração e celebração do Natal”: “O silêncio para O acolher é fundamental. A palavra só pode ressoar e fazer-se ouvir onde encontra silêncio recetivo”.
A 24 e 25 de dezembro o Santuário revestiu-se de um ambiente de festa e de louvor, em tudo se procurou colocar em destaque a vinda de Jesus. Em todos os espaços de celebração e de culto, nas várias receções das casas de acolhimento e nos serviços de atendimento ao público foram colocados presépios, isto para que, como referiu o reitor do Santuário na sua Mensagem de Natal, todos possam ter a perceção de que “contemplamos um Deus que se aproxima totalmente de nós, manifestando assim um amor sem medida nem limites”.
Nas missas do dia de Natal fez-se a osculação – beijo – da imagem do Menino Jesus; quanto aos ofertórios realizados nas principais celebrações deste Tempo de Natal no Santuário de Fátima os resultados reverterão para a Cáritas Portuguesa, para apoio aos mais necessitados. 
Na noite de Natal foram muitos os peregrinos que quiseram passar a Consoada no Santuário. Em especial destaque por estes dias está o presépio do Recinto de Oração, que acolhe uma iluminação mais festiva. Para o reitor, a iluminação natalícia nos vários espaços do Santuário pretende ser “sinal festivo e de alegria”, isto por o Natal ser a festa “marcada pela irrupção da luz de Deus e pela alegria de nos sabermos amados por Ele”.
Na homilia da noite de Natal o reitor refletiu precisamente sobre o significado da luz ligada à celebração do Natal: “Esta noite é uma noite de luz, porque hoje nasceu o nosso Salvador, Jesus Cristo, Senhor, que é a luz que vem iluminar-nos”.
Uma vez que a experiência “das trevas” é uma realidade marcadamente humana – “Fazemos a dolorosa experiência da escuridão do pecado e do mal nas nossas vidas” –, no Natal, “festa de luz”, “Jesus vem precisamente como luz, capaz de nos iluminar, de nos mostrar os caminhos que devemos trilhar”.
 
LeopolDina Simões
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