06 de abril, 2015
Celebramos ontem, 5 de abril, a Páscoa da Ressurreição do Senhor. No Santuário de Fátima a Eucaristia foi presidida pelo reitor, padre Carlos Cabecinhas. O grande desafio que a celebração da Páscoa traz para cada cristão é, nas palavras do padre Carlos Cabecinhas, “dispormo-nos a testemunhar esta presença de Cristo nas nossas vidas, tornando-nos seus anunciadores”. É a isto que nos convida São Pedro na primeira leitura ao dizer que quem encontrou Cristo Ressuscitado não pode deixar de proclamar esta Boa-Nova. “Na Ressurreição de Jesus Cristo está o fundamento da nossa fé Cristã”, declara o padre Carlos Cabecinhas, uma vez que o próprio São Paulo o afirma ao dizer que “se Cristo não ressuscitou é vã a nossa fé, vazia”. Jesus Cristo teria sido esquecido rapidamente se tudo tivesse ficado pela sua morte, “se, ao terceiro dia após a sua morte, alguns dos que o conheceram e acompanharam não tivessem testemunhado convictamente que ele se erguera de entre os mortos”. A ressurreição, no entanto, é uma realidade nova, difícil de compreender tanto pelos seguidores de Jesus na Palestina como para nós hoje. Não podemos ficar na atitude de Pedro que viu apenas os sinais da ausência de Jesus no sepulcro, mas temos que ir mais além, como o discípulo amado, para podermos contemplar com os olhos da fé essa nova realidade: “Os olhos de Pedro apenas captam o superficial, os sinais inconclusivos do túmulo vazio. Mas porque o essencial é invisível aos olhos, é apenas o olhar da fé que pode perceber nesses sinais o acontecimento da ressurreição e a presença de Jesus Cristo vivo no meio de nós. É aos olhos da fé que o sepulcro vazio se torna o testemunho silencioso do acontecimento da ressurreição. Ninguém testemunhou o acontecimento da ressurreição de Jesus. A fé na ressurreição nasce do encontro com Cristo vivo, ressuscitado. Nasce da compreensão dos sinais desse acontecimento único. Ontem, como hoje, só a fé pode abrir os nossos olhos para esta realidade nova, capaz de transformar as nossas vidas”. Somos por isso desafiados a “renovar o nosso olhar, animado pela fé, para reconhecermos as muitas formas nas quais Cristo vivo se faz presente hoje, nas nossas vidas. Como o discípulo amado também nós somos desafiados a ver esses sinais, a perceber os sinais dessa presença, a ver e acreditar”. “Com o testemunho da nossa vida proclamemos que Jesus Cristo está vivo para sempre”, é este o apelo que faz a cada um de nós o padre Carlos Cabecinhas no final da sua homilia deste dia de Páscoa. Sandra Dantas |