22 de março, 2020

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Confiar na luz de Deus é rejeitar a ideia de um Deus castigador, diz reitor do Santuário de Fátima

Padre Carlos Cabecinhas presidiu à missa dominical na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

 

O reitor do Santuário de Fátima criticou esta manhã, de forma dura, as teses que circulam nalgumas redes sociais afirmando que esta pandemia provocada pelo COVID-19 é “um castigo de Deus” e desafiou os cristãos a não se deixarem seduzir por teses que são falsas.

“É preciso que digamos perante essas interpretações que não são cristãs nem evangélicas. Do ponto de vista da fé, por muito devotas que elas sejam, nada têm que ver com Jesus Cristo, e do ponto de vista da fé são um disparate” afirmou o padre Carlos Cabecinhas.

“Deus está do nosso lado para nos ajudar a ultrapassar as dificuldades e não para enviar castigos” salientou, esclarecendo que embora “abundem as interpretações que vêem esta pandemia como um castigo de Deus” os cristãos perante a “enormidade deste tipo de afirmações precisam de refletir e meditar nas palavras do Evangelho”.

Na homilia da missa dominical, concelebrada na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, durante a qual se rezou de forma especial pelas “vítimas diretas ou indiretas desta pandemia, pelos profissionais de saúde e todos os que gastam os seus dias a atender e a salvar vidas”, o padre Carlos Cabecinhas sublinhou a importância dos cristãos “poderem e deverem” acreditar num Deus Amor ao invés de um Deus castigador.

A partir do Evangelho deste domingo, em que Jesus se apresenta como a Luz do Mundo, e no qual se narra a cura do cego de nascença, o sacerdote lembrou que é a atitude de entrega incondicional a Deus que salva o cego e lhe restitui a luz.

“O evangelho fala-nos da cura do coração, pois a cura física é apenas o sinal da outra cura. Trata-se de uma cura que leva a que a vida se abra à luz de Cristo”, como fizeram, por exemplo os Santos Pastorinhos, Francisco e Jacinta Marto.

“Aqui em Fátima é a luz de Deus que nos conduz e que vai guiando todos os acontecimentos de Fátima, primeiro com o Anjo e depois com Nossa Senhora” disse.

“É a luz de Deus que é comum a todas as aparições, a luz de Deus que se faz presente” esclareceu ao afirmar que “toda a mensagem de Fátima ajuda-nos a fazer esta experiência da luz de Deus na nossa vida”.

“Os pastorinhos souberam deixar-se iluminar e seduzir por essa luz que era Deus e que transformou as suas vidas. Por isso, são duas candeias que Deus acendeu no mundo: eles viveram como filhos da luz agindo com bondade, justiça e verdade procurando sempre responder aos desejos de Deus”.

“Peçamos-lhes que ajudem a abrir o nosso coração e nos ajudem a viver em todos os momentos como filhos da Luz que somos e que recebemos pelo batismo”.

Neste tempo em que estão suspensas as celebrações comunitárias, o Santuário de Fátima propõe, através da Internet, diariamente ao meio dia, a oração do Angelus, com uma oração própria dos Pastorinhos.

Além destas duas celebrações pode ainda seguir no site www.fatima.pt a oração do Rosário, às 18h30, missa às 19h15 e, novamente o Terço, às 21h30.

A missa dominical das 11h00 terá sempre interpretação em Língua Gestual Portuguesa.

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Missa

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