Compositor da peça musical “Os três pastorinhos de Fátima” distinguido com Prémio Ratzinger

Compositor da peça musical “Os três pastorinhos de Fátima” distinguido com Prémio Ratzinger

Papa Francisco entregou o `nobel´ da teologia este sábado a três personalidades

O Papa Francisco entregou este sábado os prémios aos três vencedores da 7ª edição do 'Prémio Ratzinger', considerado o ‘Nobel’ da Teologia, um dos quais ao compositor Arvo Pärt que compôs a peça musical 'Os três pastorinhos de Fátima'.

A peça musical estrou em Portugal em fevereiro de 2015 para assinalar o Centenário das Aparições.

Arvo Pärt, cristão ortodoxo nascido em 1935, é membro do Conselho Pontifício da Cultura (Santa Sé) desde 2011.

Em setembro, a Fundação do Vaticano 'Joseph Ratzinger-Bento XVI' explicava em comunicado que o prémio era atribuído fora do âmbito "estritamente teológico", pela "inspiração altamente religiosa da arte musical de Pärt", tendo em consideração o "apreço" do Papa emérito pela música.

Os outros dois vencedores desta edição são Theodor Dieter, teólogo luterano alemão que se distinguiu no diálogo ecuménico com a Igreja Católica, e o padre alemão Karl-Heinz Menke (nascido em 1950), professor emérito de Teologia Dogmática em Bona e especialista no estudo do pensamento de Joseph Ratzinger.

Na entrega dos prémios, o Papa Francisco agradeceu ao papa emérito Bento XVI considerando-o "uma presença discreta e encorajadora" e cujo trabalho e ensinamentos "continuam a ser uma herança viva e preciosa para a igreja".

Sobre os vencedores dos prémios, o papa congratulou-se por serem personalidades de três confissões cristãs, entre as quais a luterana com a qual este ano foram vivenciados "momentos particularmente importantes de encontro e de caminho comum".

O papa Francisco congratulou-se ainda pela inclusão das artes, além da teologia e das ciências, que naturalmente estão associadas a este prémio.

"É uma extensão que responde bem à visão de Bento XVI, que muitas vezes nos falou com emoção sobre a beleza como forma privilegiada de nos abrir a transcendência e encontrar Deus. Em particular, admiramos a sua sensibilidade musical e o seu exercício pessoal desta arte como um caminho para a serenidade e a elevação do espírito", disse.

"Buscar, estudar, contemplar e traduzir a verdade na prática, junto com a caridade, atrai-nos com força rumo à plena união entre nós. Assim, a verdade se torna uma fonte viva de elos de amor, cada vez mais íntimos”, disse o Papa aos vencedores desta edição.