“Com Maria aprendemos a ter disponibilidade para Deus, a dar-Lhe um lugar central que tanta vez fica em segundo lugar por tantas outras ocupações"

“Com Maria aprendemos a ter disponibilidade para Deus, a dar-Lhe um lugar central que tanta vez fica em segundo lugar por tantas outras ocupações"

Pe. Carlos Cabecinhas presidiu à missa da peregrinação mensal de dezembro na Basílica da Santíssima Trindade

A Basílica da Santíssima Trindade acolheu esta manhã a missa da peregrinação mensal de dezembro, presidida pelo Pe. Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima.

Na reflexão apresentada aos peregrinos, o sacerdote falou do Advento enquanto “tempo para remover todos os obstáculos que nos impedem de acolher Jesus nas nossas vidas, e Maria para nós é o melhor exemplo para a vivencia deste tempo de Advento”.

“É aquela que nos orienta e nos guia pela mão, para podermos preparar o coração para a colher o Senhor que vem”, acrescentou, falando do Evangelho hoje proclamado, que apresenta Maria junto à Cruz do Seu Filho, e “é nesse momento de entrega suprema da vida por nós, que Jesus confia aos cuidados maternos os seus discípulos, mas é também nesse momento que Jesus nos confia a Sua mãe”.

Porque é mãe, “Maria está sempre atenta às nossas dificuldades e atenta às nossas suplicas, e por isso a ela recorremos em qualquer momento de aflição, e é este conforto materno que encontramos aqui em Fátima, este conforto de quem sabe que a mãe sempre nos escuta e está sempre atenta às nossas preces e suplicas”.

Jesus com o seu gesto de entrega “desafia-nos a acolher Maria em nossa casa, na nossa vida, como nossa mãe, e isto significa acolher o desafio a imitá-la nas suas atitudes de fé e a acolher as suas palavras, e também aprendermos dela a vivência deste tempo de Advento”, reiterou o Pe. Carlos Cabecinhas.

De facto, em Maria “encontramos o melhor modelo para a vivencia deste tempo, porque ela foi a que primeiro experimentou a preparação para o Advento do Senhor, e viveu esse tempo de forma intensa, acolheu como mãe em seu seio”

O reitor explicou que com Maria “aprendemos a ter disponibilidade para Deus, um lugar central que tanta vez fica em segundo lugar por tantas outras ocupações”.

“Somos convidados a fazer deste tempo de advento um momento de escuta mais atenta e assídua da Palavra de Deus, mas também um tempo de oração mais intensa”, disse ainda, lembrando que em Fátima é esta mensagem de Conversão que Nossa Senhora vem trazer e a “disponibilidade para Deus está no centro da mensagem de Fátima, e que passa também pelo tempo que damos à oração”.

Esta peregrinação mensal, foi a primeira do ano pastoral 2021/2021 com o tema “Levanta-te! És testemunha do que viste”.

O novo ano pastoral é o segundo do triénio 2020-2023, que tem como tema genérico, Como Maria, portadores da alegria e do amor.

Este ano, o tema foi construído a partir de um versículo dos Atos dos Apóstolos «Levanta-te! Eu te constituo testemunha do que viste!» (cf. At 26,16), na certeza de que o encontro com o Ressuscitado transforma interiormente o coração.