13 de novembro, 2009
O amor ao Papa faz parte da mensagem de Fátima porque faz parte da tradição católica da Igreja. Falar de amor ao Papa é muito mais do que dizer que ele é o sucessor de Pedro ou o sinal visível da unidade da Igreja. Trata-se de uma questão doutrinal, mas também de uma questão afectiva, de coração. A nossa devoção ao Santo Padre manifesta uma atitude de amor à Igreja, uma amizade concreta e pessoal a todos os membros da Igreja, a começar por aquele que recebeu a missão de confirmar na fé os seus irmãos. É um amor que não é só de palavras, mas que tem a sua concretização e visibilidade no amor aos irmãos e a esse irmão, que assume as grandezas e fraquezas de todos os outros. No centenário do nascimento da Beata Jacinta, que ocorre em 2010, é uma grande graça receber o Santo Padre no Santuário da Cova da Iria. É uma feliz coincidência, sobretudo pelo facto de a Jacinta ser de entre os três Pastorinhos a mais devota do Papa. Por ele se sacrificava, por ele sofria e estava disposta a dar a sua vida. Como boa filha de Deus mostrava amar sempre e m tudo a sua Igreja, especialmente os pobres pecadores, os mais precisados da misericórdia de Deus e do auxílio da solidariedade dos homens. A sua expressão meiga, “coitadinho do Santo Padre”, espelha uma devoção, um amor e uma compaixão, que nos enternecem. No meio de tantas divisões, ideologias e perspectivas, precisamos de voltar a uma atitude pessoal de amor e compaixão por todos os membros da Igreja, a começar pelo Santo Padre. Com a Jacinta, alegramo-nos por o Papa vir ao nosso encontro e comprometemo-nos a rezar e sacrificar-nos por ele, figura de Cristo e sinal da unidade dos cristãos. P. Virgílio Antunes, Reitor do Santuário de Fátima Editorial da "Fátima Luz e Paz" de 13 de Novembro de 2009 |