27 de maio, 2017
Chegou ao fim “Fátima, História e Memória” -Colóquio Comemorativo dos 100 anos das aparições de FátimaDurante dois dias a Mensagem de Fátima foi relembrada em diversas comunicações como uma “mensagem de paz"
O painel apresentado esta tarde com o tema “Fátima e o discurso religioso contemporâneo” contou com as comunicações de Adriano Moreira e D. Manuel Clemente. Adriano Moreira professor, académico e político, é especialista em Relações Internacionais, e apresentou o tema “Fátima e o tempo do Estado Novo”. «A parcialidade e rigor da história não podem, todavia, deixar de aceitar valores religiosos», mencionou Adriano Moreira. O professor catedrático falou da “questão religiosa”, tendo recordado que, durante o Estado Novo, o “receio crescente do avanço do Sovietismo” levou ao reforço da “linha católica”. O antigo ministro falou da “influência determinante” da Igreja Católica na definição do Estado no Ocidente e dos valores “cristãos” nesta evolução política, em que a humanidade procura "uma nova ordem Internacional". Nesse sentido, concluiu, é importante compreender a progressiva importância de Fátima em relação com a situação internacional do século XX. D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa abordou o tema “Fátima no contexto do catolicismo contemporâneo”. «As linhas que apresento aqui hoje são como uma tentativa de explicação que algo que nos foge, mas toca e perdura», mencionou D. Manuel Clemente. Falou ainda dos três pastorinhos, Francisco, Lúcia e Jacinta , da sua santidade mas sobretudo como «são pessoas concretas de um país que era o seu». Referiu que entre o período de 1917 e 2017 pode fazer-se um recorte temporal, «desde dos testemunhos dos pastorinhos até ao que o Papa Francisco nos disse na sua recente visita a Fátima, o tema da paz qualifica a Mensagem de Fátima.» O encerramento do Colóquio teve a cabo de Manuela Mendonça, presidente da Academia Portuguesa de História e de Marco Daniel Duarte, Diretor do Serviço de Estudos e Difusão do Santuário de Fátima. O reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, entregou a medalha comemorativa do Centenário das Aparições à Academia Portuguesa da História.
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