18 de abril, 2009

Em ano de eleições, CEP apela à liberdade esclarecida e consciente dos cidadãos eleitores
e defende programas exequíveis que contribuam para o bem comum da sociedade

De 20 a 23 de Abril de 2009 esteve reunida, na Casa de Nossa Senhora das Dores, no Santuário de Fátima, a 171ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) com a participação do Presidente e da Vice-presidente da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP), bem como da Presidente da Federação Nacional dos Institutos Seculares (FNIS). Participou nalgumas sessões o novo Núncio Apostólico em Portugal, o Arcebispo D. Rino Passigato.
Terminados os trabalhos, foram apresentados à imprensa, ao início da tarde de hoje, o Comunicado Final e a Nota Pastoral sobre os três actos eleitorais que decorrerão em 2009.
No documento sobre as eleições, intitulado “Direito e Dever de Votar”, e na linha de outros documentos que a CEP já escreveu sobre o mesmo tema, os Bispos de Portugal apelam a uma liberdade esclarecida.
“Ninguém deve esperar que um programa político seja uma espécie de catecismo do seu credo, mas um modo de compromisso para a solução dos problemas do país”, consideram os Bispos que, por isso, apresentam vários “critérios” que podem contribuir para a decisão de voto. “O eleitor cristão não pode trair a sua consciência no acto de votar”, sublinham.
A Nota Pastoral deixa também um apelo aos candidatos. “Não podemos deixar de apelar, aos políticos em acção e aos candidatos à eleição, que se empenhem, com o seu exemplo e testemunho, em dignificar a actividade política, na edificação de uma sociedade justa e fraterna, sempre possível e mais necessária numa sociedade plural e democrática.”
Entre outras temáticas, a questão da Eutanásia foi motivo de reflexão durante esta Assembleia e, em breve, segundo anuncia o Comunicado Final, a CEP tornará público um documento sobre a matéria.
Ainda durante esta reunião, os vários presidentes das Comissões Episcopais da CEP apresentaram à Assembleia alguns assuntos no âmbito das suas áreas de acção e informaram sobre as actividades em curso.
 
Os Bispos foram informados sobre o andamento da regulamentação da Concordata, sublinhando que ela deve ser regulamentada como tal e não como mera interpretação da Lei da Liberdade Religiosa.
Sobre a crise actual, os Bispos apelam a que na “hora difícil vivida por tantos portugueses” haja iniciativas de “caridade responsável, realista e coordenada” e, neste sentido da procura de soluções concretas para os problemas sociais existentes, a CEP promove, no dia 15 de Maio, no Centro de Congressos de Lisboa, um simpósio, sobre o tema da solidariedade. Este simpósio assumirá a vertente do diagnóstico à situação real do país, mas visa em especial ouvir, de várias instituições no terreno praticam acções concretas de caridade e solidariedade, propostas concretas para enfrentar “o futuro com lúcida inovação e esperança fundamentada”.
“Reinventar a solidariedade (em tempo de crise)”, é o título do simpósio que já tem presença na Internet. Em www.reinventarasolidariedade.org é já possível fazer inscrições, consultar o programa e compreender o alcance da iniciativa. “Atenta à actual conjuntura nacional e mundial, a Conferência Episcopal Portuguesa decidiu promover um Simpósio de interpelação da sociedade portuguesa, convocando todos os cidadãos para uma reflexão alargada e profunda sobre o futuro da solidariedade e o paradigma de desenvolvimento das sociedades hodiernas”, refere o texto de abertura.
Na mesma linha de reflexão, as habituais Jornadas Pastorais do Episcopado terão este ano como tema “Pastoral sócio-caritativa: Novos problemas, novos caminhos de acção”. Estão agendadas os dias 15 a 18 de Junho, em Fátima.
Destaque-se ainda desta Assembleia o encontro dos Bispos e Portugal com o Presidente da Fundação Mater Timor. Fernando Maymone Martins informou do andamento do projecto de construção de uma maternidade-Escola em Timor, assumido pela CEP. O edifício foi concluído em 2008 e a Maternidade-Escola tem agora em andamento a aquisição de equipamento técnico e de recrutamento de pessoal. A população de Timor e as autoridades locais vêem, referiu Fernando Maymone Martins aos Bispos, este projecto como “um milagre” que possibilitará a melhoria das condições de apoio às grávidas e às crianças de Timor.
 
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