12 de janeiro, 2010

A Igreja está radicalmente contra a possibilidade de adopção de crianças por casais homossexuais
Em reunião do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, realizada hoje, 12 de Janeiro de 2010 no Santuário de Fátima, os bispos portugueses inseriram na agenda de trabalhos a reflexão sobre a recente aprovação pelo Parlamento do diploma que legaliza o casamento homossexual em Portugal.
Após o encontro de trabalho, os bispos portugueses reafirmaram, em conferência de imprensa, que uma “questão tão profunda e delicada como é o casamento” merecia “mais ponderação, reflexão, tempo para ver quais as consequências” e não uma “precipitação”, que poderá “beliscar a qualidade da democracia”, uma vez que “pôs de lado o pedido de cerca de uma centena de milhar de cidadãos” que solicitava um referendo sobre esta questão. 
“Mas se não se considera a possibilidade de um referendo numa questão tão profunda e delicada como é a estrutura familiar baseada no casamento entre um homem e uma mulher, pergunta-se se haverá alguma vez razão para promover um referendo", declarou o porta-voz da CEP. 
Interrogado pelos jornalistas, o Padre Manuel Morujão reiterou também que “a Igreja está radicalmente contra a possibilidade de adopção de crianças por casais homossexuais”.
Agradecendo às famílias portuguesas e a tantos casais que dão um “óptimo exemplo” na educação dos filhos, os bispos dizem que preferiam assitir a "medidas de protecção à família, para que os casais possam ter os filhos que desejam ter, para que a saúde, a educação, o emprego sejam protegidos e não debilitada a estrutura da família".
"Todas as pessoas merecem ser tratadas com todo o respeito, mas também a família e o casamento devem ser tratados com todo o respeito e esse respeito significa que para casos diferentes deve haver soluções diferentes", disse.
 
 
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