12 de outubro, 2024
Cardeal da Amazónia veio a Fátima pedir pela Casa Comum destruídaD. Leonardo Steiner presidiu às celebrações desta noite na Cova da Iria, onde estiveram cerca de 180 mil peregrinos, apesar do tempo instável.
A chuva copiosa que caiu ao início da noite não impediu que cerca de 180 mil peregrinos marcassem presença nas celebrações deste 12 de outubro, na Cova da Iria. Na homilia da celebração da Palavra da noite deste 12 de outubro, em Fátima, o cardeal D. Leonardo Ulrich Steiner depositou aos pés de Nossa Senhora a “Casa Comum, sempre mais destruída”, pedindo pelas comunidades da Amazónia, que sofrem com a degradação ambiental na região. O cardeal brasileiro, que governa uma arquidiocese que inclui parte da floresta amazónica, partilhou a sua preocupação pelo sofrimento das comunidades daquele território, numa evocação feita prece para esta Peregrinação. “Vieram no meu coração os que sofrem com a falta de chuva, com a seca dos igarapés e a falta de navegabilidade dos rios amazônicos; os que sofrem com o desmatamento e os garimpos. Coloco aos pés da Virgem a nossa Casa Comum, sempre mais destruída”. Tendo chegado hoje a Fátima, vindo de Roma, onde participa na segunda sessão da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, D. Leonardo Steiner apresentou a comunhão, o anúncio do Evangelho, o acolhimento e inclusão como condições essenciais para uma Igreja sinodal missionária. No início da reflexão que apresentou, D. Leonardo Ulrich Steiner destacou o amor paternal e primordial de Deus para com a Humanidade, sublinhando a iniciativa divina como a origem desta relação. “Não poderíamos amar a Deus se Ele não nos tivesse amado! Procuramo-Lo porque Ele nos procurou e Ele procura-nos porque nos ama”, afirmou, apontando olhar para Nossa Senhora e para o seu papel de intercessora. “No momento de maior sofrimento e dor, ao enfrentar a morte, nós temos [Nossa Senhora] como mãe. Aqui estamos! Formamos uma multidão, uma grande família! Ao nos encontrarmos para a celebração desta noite com nossas velas acesas, celebramos o cuidado de Deus para connosco em Nossa Senhora de Fátima”, disse o presidente da Peregrinação, lembrando os apelos à oração, conversão e fidelidade ao Evangelho solicitados pela Mãe de Deus.
Comunidades contemplativas uniram-se em oração no RosárioA recitação do Rosário Internacional da noite de hoje teve a participação especial de religiosas de 35 comunidades de todo o país, que se uniram, física e espiritualmente, a esta oração. Neste ano que a Igreja dedica à oração, com vista à preparação para o Jubileu 2025, o Santuário convocou 35 comunidades contemplativas portuguesas a acompanharem a recitação do Rosário Internacional desta noite, na Capelinha das Aparições. Em resposta ao convite, fizeram-se representar na Cova da Iria oito comunidades: a Ordem da Visitação de Santa Maria, da Batalha; a Ordem da Visitação de Santa Maria, de Braga; as Irmãs Clarissas, de Monte Real; as Irmãs Clarissas, de Santarém; as Irmãs Clarissas Adoradoras, de São Martinho do Vale e da Vila das Aves; as Irmãs Clarissas do Desagravo, de Sintra; e as Monjas Concepcionistas Franciscanas, de Viseu. As restantes comunidades contemplativas, que não puderam estar presentes, acompanharam espiritualmente o momento de oração. “É uma honra para nós e uma alegria muito grande estar aqui de olhos nos olhos com a Mãe, que falou aos Pastorinhos e que nos trouxe uma mensagem evangélica”, partilhou com o Gabinete de Comunicação a Irmã Maria Albertina, das Clarissas do Mosteiro de São José, em Vila das Aves, momentos antes do início das celebrações desta noite. No âmbito deste Ano da Oração, algumas comunidades contemplativas assumiram, a preparação das meditações do Terço das 18h30, da última sexta-feira de cada mês, entre maio e novembro, também a convite do Santuário.
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