13 de janeiro, 2019

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Cardeal D. António Marto presidiu à celebração da Peregrinação Mensal de janeiro no Santuário de Fátima

Bispo de Leiria-Fátima refletiu sobre a importância do batismo na vida quotidiana

 

A Basílica da Santíssima Trindade acolheu esta manhã a missa inserida no programa da peregrinação mensal de janeiro do Santuário de Fátima.

Esta primeira peregrinação do ano de 2019 teve como presidente o Cardeal D. António Marto, bispo da diocese de Leiria-Fátima.

“Celebramos a Festa do Batismo do Senhor, que encerra o ciclo das festas do Natal do Senhor e ilumina ao mesmo tempo o nosso batismo”, começou por lembrar o prelado, explicando que no centro do batismo, está “a palavra que Deus dirige a cada um de nós: «tu és o meu filho muito amado»; e é este amor que nós hoje celebramos”.  

D. António Marto, lembrou um facto acontecido há 54 anos, em pleno Concílio Vaticano II, quando o Cardeal Leo-Jozef Suenens, então Arcebispo de Bruxelas, “expondo o tema que queria, fez uma pergunta a todos os bispos: qual o dia mais importante na vida de um Papa?”

“Se eu fosse a fazer este inquérito à saída das igrejas, as respostas seriam as mais variadas, mas o Cardeal respondeu que foi o dia do seu batismo, e isso não podemos esquecer”, contou, desafiando os peregrinos presentes a uma “interrogação” que leve a “descobrir e redescobrir a beleza e o valor do nosso batismo em Cristo como realidade sempre viva e atual”

“Há o risco de pensar no batismo como uma cerimónia social, e banalizar ao ponto de chamar batismo a outros eventos”, alertou.

O bispo de Leiria-Fátima considera que “o batismo de Cristo ilumina o nosso batismo, o mistério de salvação que aconteceu em Jesus Cristo é para nós e chega até nós através do nosso batismo”, isto porque “quando Jesus foi batizado abriu-se o céu, e não é uma afirmação meteorológica, não se trata desse céu, abriu-se sim o céu da bondade de Deus, da Sua comunicação e comunhão com a humanidade”.

O amor de Deus, é hoje “uma palavra que ressoa no nosso coração e que é escrita no íntimo no dia do nosso batismo, e deve ressoar hoje no nosso interior e no nosso coração, porque foi escrita a letras divinas, a cada um de nós, e é uma declaração que nunca mais se apaga, porque o amor de Cristo por nós é eterno, é uma realidade verdadeira”.

“Não há dignidade maior do que esta: ser filho, ser filha de Deus! É uma dignidade suprema, que ninguém nos pode roubar”, reiterou D. António Marto explicando que em consequência disso, cada pessoa deve procurar viver “à altura da dignidade de ser filho de Deus, na vivência das ocupações diárias, chama-nos Santidade”.

Após o batismo, cada Cristão é membro da Igreja, onde todos vivem em Fraternidade, “essa Fraternidade não se impõe por decreto ou ideologia, somos chamados a ser fermento desta fraternidade, a começar pela nossa casa, nossa família, comunidade cristã”.

Assim, essas relações fraternas não podem ser ”frias e indiferentes, em que vive cada um para seu lado”, cada pessoa é chamada a “levar esta fraternidade para o mundo”.

 

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