08 de dezembro, 2018

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Cardeal D. António Marto convida peregrinos a terem a "disponibilidade, generosidade e docilidade" de Maria

Deus “não é rival” do homem, disse o bispo de Leiria-Fátima, na Missa da Solenidade da Imaculada Conceição

 

O cardeal D. António Marto presidiu esta manhã à Missa da Solenidade da Imaculada Conceição no Santuário de Fátima e desafiou os cerca de 150 mil peregrinos nacionais e estrangeiros, que participaram na Eucaristia, a não terem medo de “arriscar na fé”, abrindo o coração a Deus, e a contribuírem para a construção de uma nova humanidade.

Diante de uma assembleia, com peregrinos de Norte a Sul de Portugal, do Brasil, de Espanha, do Gana, da Irlanda e de Itália, o prelado diocesano de Leiria-Fátima, começou a homilia com uma saudação aos mais pequenos, como é seu hábito, e deixou três pensamentos essenciais centrados no que significa esta Solenidade, sublinhando em particular a ideia de que tal como Maria também os cristãos devem “ter disponibilidade” para Deus e “ser generosos e dóceis” com os irmãos.

“Com o Seu exemplo de vida (Maria) fala ao coração de cada um de nós como quem nos diz: não tenhas medo de Deus, deixa-o Entrar na tua vida, deixa-te envolver por Ele... Ele não é teu rival nem te tira o que tens de mais humano, bem pelo contrário dá-te tudo. Tem a coragem de arriscar com a fé, compromete-te com Deus e verás que a tua vida se ilumina, se eleva, readquire uma nova humanidade, não será uma vida triste e enfadonha; a tua vida será mais bela, mais humana, mais fraterna e mais solidária”.

O cardeal D. António Marto desafiou os peregrinos a “ser fraternos com os que sofrem e solidários com os vulneráveis, a fazer com consciência e empenho a nossa parte para construirmos uma sociedade mais humana e fraterna”.

“Reconheçamos a vocação a que Deus nos chama: ser santos e seus colaboradores no seu projeto de amor para toda a humanidade e em qualquer estado de vida laical, matrimonial e familiar, da vida social, da vida sacerdotal ou da vida religiosa, mas sempre com uma resposta generosa” disse ainda o prelado.

Por fim, invocou a bênção de Maria: “nesta hora difícil para a nossa sociedade e para a Igreja ensina-nos ó Maria a recolher o infinito amor de Deus, a sermos fraternos com os que sofrem e solidários com os vulneráveis, a fazer com consciência e empenho a nossa parte para construirmos uma sociedade mais humana e fraterna”.

A Solenidade da Imaculada Conceição, que a Igreja Católica assinala anualmente a 8 de dezembro, é feriado nacional em Portugal, e em Fátima é o único momento, durante a vigência do horário de Inverno, em que a celebração da Eucaristia regressa ao Recinto de Oração, reunindo milhares de peregrinos.

Refira-se ainda, a título de curiosidade, que o dogma da Imaculada Conceição de Maria foi proclamado a 8 de dezembro de 1854, através da bula ‘Ineffabilis Deus’, a qual declara a santidade da Virgem Santa Maria desde o primeiro momento da sua existência, sendo preservada do pecado original.

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