06 de outubro, 2019

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Bispo lembra que rezar pelo sucesso do Sínodo da Amazónia e votar nas eleições legislativas este domingo constitui “um ato de fé dos cristãos”

D. Anacleto Oliveira, bispo de Viana do Castelo, presidiu à missa dominical no Recinto de Oração, em Fátima

Os cristãos não podem ficar desligados da realidade que os rodeia e por isso rezar pelo Sínodo da Amazónia, que hoje começou em Roma, e votar nas eleições legislativas, que decorrem em Portugal este domingo, “é um dever” e “um ato de fé”, afirmou esta manhã, em Fátima, o bispo de Viana do Castelo.

D. Anacleto Oliveira presidiu à missa internacional, na qual participaram 20 grupos que se fizeram anunciar no Santuário oriundos de Portugal, Alemanha, Canadá, Itália, Espanha, Irlanda e Roménia, entre outros países, e deixou um apelo para estes dois acontecimentos que marcam a atualidade nacional e internacional.

“Hoje em Roma começa o Sínodo. Não vou falar da importância deste encontro, e do respeito incondicional que devemos ter pela natureza como obra de Deus. Apenas quero dizer que é um acontecimento do qual não devemos ficar desligados” afirmou o prelado pedindo aos peregrinos que rezem “pelo êxito dos trabalhos”.

“A floresta da Amazónia é algo vital para a humanidade. Em boa hora o Papa Francisco convocou o Sínodo; tenhamos isto presente e façamos disto um ato de fé a partir da nossa oração”, esclareceu.

O bispo de Viana do Castelo lembrou, por outro lado, que em Portugal hoje realizam-se eleições legislativas e os cristãos não podem ficar indiferentes.

“É um dever de fé votar e participar. Alhear-se, desligar-se do que está à nossa volta ou não nos preocuparmos com o que se passa, e em particular com os destinos coletivos do nosso país, é uma falha grave de fé” assinalou o prelado sublinhando que “votar é um ato de amor que nasce da participação, da consciência e do empenho que temos na escolha do bem comum”.

D. Anacleto Oliveira centrou a sua homilia na liturgia deste domingo e desafiou os peregrinos a terem uma consciência clara dos seus limites renovando sistematicamente esse pedido que o Evangelho sugere: “Senhor aumenta a nossa fé”.

D. Anacleto Oliveira sublinhou a dimensão pessoal e social da fé, destacando que só quando abrimos o nosso coração a Deus e percebemos as nossas fragilidades somos inundados do Seu amor e conseguimos levá-Lo aos irmãos.

“A fé apanha o nosso ser na plenitude e compromete o pensamento. Cada um deve saber aquilo em que acredita, abrir o seu coração e ser consequente na ação que realiza em favor dos outros”, afirmou.

“A fé faz-nos servos dos outros: primeiro de Deus e depois dos irmãos. Deus está em nós e tudo o que fazemos aos outros é obra de Deus”, concluiu.

Entre os peregrinos que se fizeram anunciar no Santuário encontra-se a Família Franciscana que desde ontem está em Fátima para a sua peregrinação nacional anual.

 

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