26 de agosto, 2012
Na tarde de hoje, 26 de agosto, foram muitos participantes na eucaristia de ação de graças pela atribuição do título de Basílica à Igreja da Santíssima Trindade.
A celebração solene, às15:00, foi presidida por D. António dos Santos Marto, bispo de Leiria-Fátima, que concelebrou com o bispo emérito de Leiria-Fátima, D. Serafim de Sousa Ferreira e Silva, e com vários sacerdotes.
No momento inicial, o reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, leu o decreto de 19 de junho de 2012, assinado pelo prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, o cardeal D. António Caňizares Llovera, onde é anunciada a atribuição do título de Basílica e indicado o dia 13 de novembro como a data anual da celebração litúrgica própria da Basílica da Santíssima Trindade.
Nas suas palavras durante a homilia, D. António Marto reiterou que a atribuição do título de Basílica significa sobretudo o “reconhecimento de que esta igreja é um centro importante e significativo de peregrinação, que carateriza este Santuário de Fátima”.
“Aqui o povo de Deus aprende a ser e sente-se a si mesmo como povo peregrino”, disse. Em Fátima, e também nesta nova Basílica, recordou D. António Marto, “somos todos convidados a elevar o nosso coração para o mistério de Deus no seu infinito amor trinitário” e “somos introduzidos neste mistério de amor pelo Imaculado Coração de Maria, tal como os Pastorinhos o foram”. D. António Marto deu o seu testemunho pessoal sobre a forma como os videntes de Nossa Senhora de Fátima o tocaram: “Este vosso irmão que vos fala, que é bispo, aprendeu com este pequenino (Francisco Marto) a despertar no seu coração este amor que é Deus, na sua presença, na sua companhia, no seu amor”. Em tempos de crise de fé, os cristãos são convidados a fazer a “renovação”, a “purificação” da fé. “A fé tem de ser hoje uma escolha, uma opção, consciente e livre”, disse D. António Marto. “Hoje, mesmo que Deus não seja negado, é excluído do horizonte da vida de muitas pessoas e até da Igreja, é, para muita gente, o grande desconhecido, o ignorado, o esquecido, e próprio Jesus é reduzido a uma personagem da história, é admirado, mas não é amado”, afirmou para justificar esta crise de fé, que disse ser “comunitária e cultural”, se assemelha “a espécie de um eclipse, de ocultamento do sentido da presença de Deus da vida e do coração das pessoas”. LeopolDina Simões |