13 de junho, 2019

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Bispo de Viseu olhou para Fátima para desafiar peregrinos a evangelizar o mundo

Na homilia da Missa da Peregrinação deste 13 de junho, D. António Luciano dos Santos Costa exortou a uma renovação da Igreja através da escuta, do acolhimento da autenticidade e do compromisso missionário com o próximo

 

Na Missa da Peregrinação Internacional Aniversária de junho, celebrada esta manhã, no Recinto de Oração do Santuário, D. António Luciano dos Santos Costa centrou o olhar no exemplo de Nossa Senhora e na mensagem de conversão que Ela deixou em Fátima, para exortar os peregrinos a assumirem a sua missão peregrina e evangélica, com vista à renovação da Igreja.

A partir do Evangelho, que relatou o momento em que Maria, junto à Cruz do filho, é feita Mãe da Igreja, o prelado começou por destacar o “testemunho de fé e de coragem que Maria oferece a cada um de nós”, que ensina “a viver a vida humana e cristã como um dom”.

“O Fiat de Maria resume, no Stabat Mater confirmado no Calvário, a grandeza da sua fé, a pequenez da sua humildade, a riqueza da sua proximidade, a beleza da sua graça, o testemunho da sua confiança incondicional no Senhor e a riqueza de servir a humanidade e a Igreja realizando a vontade de Deus”, disse o bispo de Viseu.

Partindo do exemplo de Maria e ao apontar Fátima como “presença da luz de Cristo ressuscitado através de Maria”, o presidente da Peregrinação definiu o assumir da missão de evangelização como o “grande desafio” para renovação da vida da Igreja. Neste sentido, lembrou o caminho que Nossa Senhora deixou, em Fátima, para uma “vida nova para toda a humanidade”.

“Nossa Senhora afirmou ser do Céu e também nos ensinou, com carinho de Mãe, os meios que nos conduzem ao Céu: a conversão, a emenda de vida, a oração por nós e pelos pecadores e pela paz no mundo. Uma vida nova centrada em Cristo, revelador do mistério Trinitário de Deus.”

O bispo de Viseu definiu, depois, a peregrinação como um “desafio para sermos mais cristãos no mundo de hoje”, através uma “nova cultura de escuta, de acolhimento, de disponibilidade, de relação e de abandono à vontade de Deus; (…) da renovação e coerência da liberdade, da responsabilidade e da autenticidade, devem ser o compromisso missionário da proximidade junto dos pobres, dos doentes, dos injustiçados e dos mais frágeis da sociedade”.

Na conclusão, o presidente da Peregrinação destacou a dimensão eclesial da mensagem de Fátima, alertando para o facto de que a conversão e a mudança de vida provocada pela graça de Deus, “além de pessoal, é também comunitária”, uma vez que “envolve também as nações e a humanidade inteira, numa mudança radical do mal para o bem”.

Na habitual palavra dirigida aos doentes, a Irmã Sandra Bartolomeu, do Departamento da Pastoral da Mensagem de Fátima, recordou o pedido que Lúcia fez a Nossa Senhora para a cura de um doente, na Aparição de 13 de junho, para tornar presente o alento que a misericórdia de Deus traz perante a doença.

“Em Fátima, Maria lembra-nos que Deus escolhe e prefere o que é frágil, pequeno e, aos olhos do mundo, sem valor, para se revelar, para encher e engrandecer com os tesouros do seu Amor, e fazer dele um instrumento da sua paz para o mundo. (…) Por isso, ‘não tenhas vergonha’ como disse aqui, no dia 13 de maio de 2017 o nosso querido Papa Francisco, porque tu és ‘um tesouro precioso da Igreja […] um recurso espiritual, um património para cada comunidade cristã’”, disse, dirigindo-se aos doentes como “protagonistas da história do amor misericordioso e salvador de Deus com os homens, da qual Fátima faz eco”.

Concelebraram a Missa Aniversária da segunda aparição 58 sacerdotes, cinco bispos e o cardeal D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, que deixou uma palavra aos peregrinos, no final da celebração.

“Cada peregrinação aniversária tem uma tonalidade própria. Esta, de 13 de junho, faz ressoar, nos nossos corações, as palavras consoladoras que Nossa Senhora deixou aos Pastorinhos: ‘Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus’. Nossa Senhora dirige hoje, aqui e agora, esta palavra consoladora a cada um de nós. Ela mostra-se, através do seu coração materno: auxiliadora, amparo, conforto e misericórdia para os Seus filhos, a fim de que Eles possam ter sempre confiança na bondade e fazer frente às dúvidas, medos, sofrimentos e dramas da vida.”

No final, o bispo de Leiria-Fátima deixou uma saudação, nas diferentes línguas. Estiveram presentes peregrinos de Portugal, Espanha, França, Itália, Polónia, Alemanha, Holanda, Luxemburgo, Irlanda, Reino Unido, República Checa, Croácia, Brasil, Estados Unidos da América, Quénia, Filipinas, Coreia do Sul e Indonésia.

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