14 de maio, 2017

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Bispo de Leiria-Fátima invoca intercessão dos “santos pastorinhos” São Francisco e Santa Jacinta Marto

D. António desafia peregrinos a “confiarem” em Deus que “nunca nos abandona”

 

O Bispo de Leiria-Fátima invocou hoje a intercessão dos novos santos da igreja – São Francisco e Santa Jacinta Marto- e recordou a “alegria da festa” celebrada ontem no santuário, com a canonização dos pastorinhos.

“Os nossos corações ainda estão repletos da alegria da festa que ontem celebrámos e é neste clima que vos quero dar as boas vindas este domingo”, disse D. António Marto.

A partir do Evangelho, o prelado diocesano sublinhou que à semelhança dos Apóstolos, que sentindo uma “certa orfandade” depois da despedida de Jesus confiaram, também “perante as dificuldades da vida” os cristãos devem acreditar na “bondade do coração misericordioso” de Deus.

“Cristo ressuscitado continua a ser para nós hoje o caminho e a vida” disse D. António Marto.

“Todos sabemos na vida que é preciso encontrar o caminho certo, saber onde vamos, com quem vamos e a onde queremos chegar e Jesus tem a resposta quando nos diz que é o caminho” referiu o prelado destacando que “Só Jesus nos conduz à intimidade do coração do pai, onde todos temos uma morada”.

O bispo de Leiria-Fátima desafiou os peregrinos presentes no santuário, este domingo, a deixarem-se “iluminar” pela palavra de Deus e a exercita-la na “caridade” , na “verdade e no caminho das bem-aventuranças”.

“Anunciar Jesus Cristo é a missão principal da Igreja, mas este anúncio fica incompleto se não for completado pelo serviço da caridade” disse salientando que a “comunhão fraterna pressupõe partilha,  caridade e apoio recíproco pelo menos junto dos mais necessitados”.

“Interroguemo-nos se levamos a sério esta dimensão da nossa fé”.

Embora com menos gente o Recinto de Oração hoje foi visitado por peregrinos de várias nacionalidades.

Já esta manhã, em Roma, o Papa Francisco agradeceu a todos os que viveram com ele a peregrinação a Fátima, a 12 e 13 de maio, recordando em particular o “silêncio” da oração e a canonização de Francisco e Jacinta Marto.

O Papa agradeceu “de coração”, pela sua viagem, “aos bispos, o bispo de Leiria-Fátima, às autoridades do Estado, o presidente da República, e a todos os que ofereceram a sua colaboração”.

“Ontem [sábado] à tarde regressei da peregrinação a Fátima – vamos saudar Nossa Senhora de Fátima - e a nossa oração mariana de hoje assume um significado particular, carregado de memória e de profecia, porque olha para a história com os olhos da fé”, disse, provocando uma salva de palmas de milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, como avança a Agência Ecclesia.

Em Fátima, sublinhou o Papa, há um “rio” de oração que “corre há 100 anos” para pedir a proteção da Virgem Maria sobre o mundo.

“Agradeço ao Senhor por me te dado a oportunidade de deslocar-me aos pés da Virgem Maria como peregrino de esperança e de paz”, declarou.

O Papa elogiou o “silêncio orante de todos os peregrinos” que o acompanharam desde o início, no seu recolhimento, diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima na Capelinha das Aparições.

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