12 de julho, 2017

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Bispo de Astana sublinha que Fátima «não é uma mensagem do passado»

Peregrinação internacional de julho conta com a presença de sete bispos católicos de língua russa

 

Fátima não é um «capítulo encerrado» nem uma «mensagem do passado»; precisa é de ser «traduzida na nossa vida», referiu esta quarta feira à noite o bispo de Astana, Cazaquistão, D. Athanasius Shnaider, que presidiu à Procissão das Velas da Peregrinação Internacional Aniversária de julho.

O prelado, que integra uma delegação de sete bispos de língua Russa, sublinhou que apesar de centenários o acontecimento e a mensagem de Fátima têm atualidade.

«Será que agora tudo é passado? Será Fátima um capítulo de 100 anos na história da Igreja e da humanidade, que agora encerramos solenemente com este Jubileu?» questionou o bispo de Astana que afirmou que « não é disso que se trata!».

E, desafiou os peregrinos presentes no Santuário de Fátima a transporem o que se reza no Rosário, em Fátima, para as suas vidas.

«Faz hoje 100 anos, onde agora estamos, que a Mãe de Deus ensinou aos Pastorinhos uma oração que tem hoje o mesmo significado que teve naquele tempo. É conhecida em todo o mundo. Dirige-se a Jesus e é habitualmente dita na recitação do rosário. Quando a rezamos, pedimos o perdão dos nossos pecados, a salvação do fogo do Inferno, o Céu para todos e a misericórdia para os pecadores», afirmou D. Clemens Pickel na homilia em português lida pelo vice-reitor do Santuário de Fátima, Pe Vitor Coutinho.

«É uma oração de reparação. Podemos traduzi-la em diferentes línguas; mas também a podemos traduzir na nossa vida. É isso que fazem muitos daqueles que, ajoelhados, se aproximam da Capelinha. Muitos regressam daqui para suas casas e mudam a sua vida, para bênção do mundo», disse ainda.

O bispo católico russo destacou, por outro lado, a ligação entre Fátima e a Rússia, salientando a «grande emoção interior» que é para os peregrinos russos estarem em Fátima e que apesar de hoje não se manifestar em aparição «a Virgem Maria está igualmente próxima de nós, como aconteceu há cem anos.»

O encontro com a “Senhora”, a 13 de Julho de 1917, «teve um significado especial», acrescentou o prelado lembrando que « Maria comunicou um segredo e falou da Rússia».

«Hoje diz-se que a Rússia se converteu. E a própria Irmã Lúcia confirmou que a consagração ao Imaculado Coração de Maria feita por São João Paulo II correspondeu completamente ao que a Mãe de Deus tinha pedido», concluiu.

A peregrinação Internacional de julho, que evoca a terceira aparição de Nossa Senhora, tem como tema “A Virgem Maria, Mãe da Consolação" e sublinha esta ligação da Rússia a Fátima.

De acordo com o testemunho dos videntes Nossa Senhora disse-lhes que para impedir a guerra pedia a consagração da Rússia ao Seu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados.

«Se atenderem aos meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquilidas. Por fim o meu imaculado coração triunfará».

A peregrinação é presidida pelo arcebispo de Moscovo, D. Paolo Pezzi e conta com mais de 6300 peregrinos inscritos no Serviço de Peregrinos do Santuário de Fátima, num total de 140 grupos oriundos de 27 nações.

A Peregrinação termina amanhã com a Missa Internacional e a Procissão do Adeus.

(notícia atualizada 14/07/2017 ás 12:15)

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