13 de setembro, 2023

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Bispo de Angra pede que a experiência da JMJ Lisboa estimule a construção de um mundo novo

D. Armando Esteves Domingues presidiu à Peregrinação Internacional Aniversária de setembro e desafiou a Igreja e as famílias a aproveitarem o entusiasmo dos jovens para vencer o egoísmo

 

D. Armando Esteves Domingues presidiu à Peregrinação Internacional Aniversária de setembro e desafiou a Igreja e as famílias a aproveitarem o entusiasmo dos jovens para vencer o egoísmo

 

O bispo de Angra exortou esta manhã as famílias cristãs a contribuírem para um novo modelo de sociedade e de Igreja que vença egoísmos e dê protagonismo aos jovens.

“É preciso voltar a sair, criar interdependências que façam querer estar com os irmãos, trabalhar, rezar, celebrar juntos” afirmou D. Armando Esteves Domingues na homilia da Missa da Peregrinação Internacional Aniversária de setembro, que reuniu alguns milhares de pessoas na Cova da Iria para assinalar a quinta aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos, em setembro de 1917.

“Famílias, apostai nas comunidades paroquiais, bebei de uma espiritualidade comunitária que vença os egoísmos, deixai-vos refazer pela Palavra de Deus e educai com essa vida refeita” apelou o prelado insular.

“Há demasiados cristãos mudos” afirmou deixando algumas interpelações à Igreja e ao mundo, que “reduz a dimensão religiosa a tradições e eventos” e vive “um eclipse de Deus na vida concreta e quotidiana”.

“Onde há cristãos iluminados pela Palavra pode-se fazer das conversas, dos trabalhos conjuntos, dos divertimentos, das discussões, dos processos pastorais, dos grupos eclesiais uma verdadeira experiência de Deus a contar”, afirmou.

“Seria bom começar por escutar o que experimentaram os jovens em Lisboa e discernir o que quer dizer o Espírito Santo a toda a Igreja”, afirmou.

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“Escutai os mais novos, espicaçai e valorizai a criatividade, dai-lhes lugar. É mais importante ensinar alguém a fazer algo do que fazermos nós muito bem feito! Também na Igreja, também na liturgia e na pastoral” explicitou lembrando o exemplo de Maria que, depois do anúncio do anjo, não se fechou e partiu em busca dos mais frágeis, os que “pareciam e parecem estéreis, onde podemos, hoje, incluir os doentes, os desanimados, os que carregam cruzes pesadas e duras, pessoas e famílias sem Deus”.

“Vereis como a esterilidade humana e espiritual desaparece! É disso que Maria continua a ter pressa! Por isso, formou três crianças e deu-lhes o protagonismo. E ela retirou-se!”, numa alusão às aparições e à necessidade de dar protagonismo aos jovens, sobretudo depois do que eles testemunharam em Lisboa, durante a Jornada Mundial da Juventude de Lisboa.

“Vamos conversar uns com os outros sobre as melhores formas para O escutar”.

“Quando estamos juntos tudo ganha mais cor e força. A experiência da JMJ diz que vale a pena valorizar tudo o que cria grupo, comunidade. Comecemos pela Eucaristia. A mensagem de Fátima foi preparada pelo Anjo e com referências eucarísticas. As três crianças rapidamente se apaixonaram por Jesus, pela ida à Missa, pela companhia ao seu “Jesus Escondido” no Sacrário”, concluiu.

 

Jesus apontado como “abrigo e bálsamo” e “redentor” do sofrimento, na doença

A palavra ao doente coube ao diretor do Departamento de Acolhimento e Pastoral do Santuário de Fátima, André Pereira, que convidou os que experimentam a realidade "da comum condição de fragilidade e finitude humana" a descobrirem-se como destinatários do olhar solícito e misericordioso do "olhar de Jesus", pela "alvura do Pão eucarístico" que era adorado naquele momento.

"Ele que viveu o extremo amor no extremo do sofrimento, fazendo experiência profunda e dramática das dores da humanidade, oferece-se como abrigo e bálsamo para as tuas dores e, mais profundamente, como redentor do teu sofrimento. E recorda-me que em ti a Ele vejo."

Ao evocar os santos Pastorinhos que ofereceram “como dom generoso em favor dos outros, sobretudo dos mais feridos de falta de amor (…) cada passo da sua doença, cada gemido das suas dores, cada motivo do seu sofrimento”, André Pereira apontou esta entrega espiritual como caminho comprometido de doação, no horizonte da “paixão redentora de Jesus”, que “reconfigura o coração e a vida”.

 

Bispo de Leiria-Fátima pede uma Igreja mais forte e participativa, no impulso gerado pela Jornada Mundial da Juventude

Na alocução final, o bispo de Leiria-Fátima agradeceu a palavra de “sabedoria, desafio e sonho de uma Igreja cada vez mais feita à imagem da misericórdia de Deus, que se revela em Maria” que o presidente da celebração trouxe a esta peregrinação.

“Também nós, como peregrinos, chegámos aqui trazendo as nossas preocupações, dificuldades, projetos e sonhos. Deixámos também que a figura de Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, iluminasse o nosso caminho, ao encontro do seu Filho, Jesus, guiados pelo Espírito Santo”, constatou D. José Ornelas, ao convidar os peregrinos a levarem consigo a alegria, a força e a esperança”.

Neste regresso das férias, o bispo de Leiria-Fátima deixou uma prece a Deus pelos trabalhadores e, neste início de ano letivo, pelas crianças e jovens, “para que, como Maria, tenham força para se levantar, partir e construir uma Igreja melhor e um mundo renovado”, neste pós Jornada Mundial da Juventude de Lisboa (JMJ).

“Também agora, a Igreja, impulsionada por aquela que foi a festa da fé e da esperança da JMJ, dá um passo ulterior, no caminho sinodal que vimos a percorrer desde há quase dois anos. Será a assembleia sinodal dos bispos e leigos, representantes das igrejas de todo o mundo, que se vão reunir em Fátima, no mês de outubro. Participemos e acompanhemos este projeto de construção com o coração e a oração”, convidou o prelado, partilhando o desejo de que “a vaga de alegria, coragem e esperança” que suscitou a JMJ” possa ser contributo no caminho eclesial de construção de um mundo novo.

D. José Ornelas lembrou ainda aqueles que se confrontam com desastres naturais no mundo, em particular na Líbia e Marrocos. Recordou também os que vivem em guerra, que experimentam situações de doença ou pobreza.

“Levemos desta peregrinação uma mensagem de paz, de reconciliação, de solidariedade amiga com todos aqueles que sofrem”, concluiu.

Para esta peregrinação inscreveram-se mais de 40 grupos de 14 países, incluindo Portugal, embora habitualmente esta peregrinação de setembro seja marcada essencialmente por peregrinos estrangeiros.

 

 

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