13 de janeiro, 2019
Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima acolheu primeira sessão dos Encontros na Basílica de 2019“A comunidade cristã, Povo de Deus em caminho” foi o título da palestra do Pe. Jorge Guarda
A primeira sessão dos Encontros na Basílica de 2019 teve lugar esta tarde, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, com o tema “A comunidade cristã, Povo de Deus em caminho”. Esta primeira palestra esteve a cargo do vigário geral da diocese de Leiria-Fátima, o Pe. Jorge Guarda, e contou ainda com um recital pelo Coro de Câmara de São João da Madeira, com a direção de Joana Castro. A reflexão teve como ponto de partida a vivencia das relações nos dias atuais, e a importância do ato de peregrinar face aos novos modos de viver a fé e essas mesmas relações. Se por um lado os indivíduos hoje em dia se isolam, por outro o gosto por estar em eventos muito participados é evidente. É o caso das celebrações comunitárias nas paróquias, ou os grandes atos celebrativos no Recinto de Oração do Santuário de Fátima. Após a contextualização, o Pe. Jorge Guarda lembrou a cada peregrino presente que “a Igreja somos todos nós, os cristãos, que recebemos o dom do batismo, não é só o Papa, os bispos, as religiosas”. “A nossa pertença à Igreja faz-se através da sua expressão local, que é a Diocese e a paróquia, e faz-se no lugar onde residimos, onde temos a nossa casa, a família, os amigos, o trabalho, onde estão as nossas raízes, onde conduzimos a nossa vida quotidiana”, explicou. O vigário geral da diocese de Leiria-Fátima considera que da família espiritual que é da Igreja que “recebemos vida, fé e amor; nela partilhamos dons e experiências espirituais e vivemos a missão de testemunhar «a alegria do Evangelho»”. “O Santuário de Fátima surgiu, por iniciativa da Virgem Maria que aqui se manifestou a três crianças, porque são elas o núcleo fundador das grandes assembleias que se reúnem neste lugar e que constituem uma imagem da Igreja como povo de peregrinos. Aqui Maria atrai-nos para seu Filho e para o Pai do Céu, mas também nos une uns aos outros, fazendo-nos experimentar espiritualmente que somos uma comunidade de irmãos unidos pela mesma fé e devoção”, afirmou o Pe. Jorge Guarda.. Segundo o sacerdote, “a Capelinha é sinal da presença de Maria e do amor com que nos acolhe, porque ela oferece-nos aqui a sua casa, símbolo do seu amor e do seu cuidado connosco”, no entanto “esta Capelinha e o conjunto do Santuário é igualmente sinal da Igreja como casa de Deus, lugar onde Ele habita e nos oferece os seus dons e a sua graça”. A Igreja enquanto comunidade “exprime os laços, os valores, os bens comuns que unem os batizados, o grupo de pessoas onde se vive o amor recíproco e a fraternidade, e indica também a proximidade”. “Os santuários são imagem de uma Igreja em caminho, peregrina no mundo animada pela consciência da presença de Deus no meio dela. Imagem que se associa também às figuras da casa e da comunidade”, concluiu. O momento musical que se segiu teve como interprete o Coro de Câmara de São João da Madeira, com a direção de Joana Castro. Os Encontros na Basílica são uma proposta de reflexão sobre Fátima, em formato de palestra com um recital de música, que o Santuário dinamiza durante o triénio 2017-2020, que tem como tema genérico “Tempo de graça e misericórdia”. Para o presente ano pastoral, estão previstas mais quatro palestras. A 10 de março, o vice-reitor do Santuário de Fátima, padre Vítor Coutinho, vai abordar o tema “O acolhimento: carisma e tarefa da Igreja”; a 2 de junho, o tema “O Santuário como lugar de celebração e vivência da fé” será abordado pelo reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas; “Francisco Marto, peregrinação interior” será a reflexão trazida pelo teólogo Pedro Valinho Gomes, a 8 de setembro; e, na última palestra, a 10 de novembro, o padre José Nuno Silva, responsável pela pastoral da mensagem de Fátima, vai apresentar o tema “Fátima lugar da fragilidade - doença e pecado”. Todas as sessões dos Encontros na Basílica acontecem ao domingo, às 15h30, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima e são de entrada livre. O ano pastoral de 2018/2019, que iniciou no passado dia 2 de dezembro sob o tema “Tempo de graça e misericórdia: dar graças por peregrinar em Igreja”, pretende salientar Fátima como experiência de eclesialidade e como meta de peregrinação. |