30 de setembro, 2017

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Basílica da Santíssima Trindade acolheu celebração inserida na Peregrinação Jubilar dos Sacerdotes idosos e doentes

Iniciativa encerra esta tarde, com a presença de duas dezenas de sacerdotes jubilados

 

Termina hoje no Santuário de Fátima a Peregrinação Jubilar dos Sacerdotes idosos e/ou doentes. Com início no passado dia 28 de setembro, quinta-feira, na Casa de Retiros de Nossa Senhora das Dores, o encontro contou com 20 sacerdotes.

Esta manhã na Basílica da Santíssima Trindade, as duas dezenas de padres concelebraram na eucaristia presidida pelo Pe. José Nuno silva, que lembrou que a presença destes sacerdotes no Santuário de Fátima é “muito significativa porque simboliza os milhares de sacerdotes que aqui em Fátima confessaram milhões de peregrinos do mundo inteiro, que vieram à Cova da Iria ouvir uma palavra de misericórdia e conversão”.

“O Santuário de Fátima dá-vos graças”, reiterou.

Na homilia, o capelão afirmou que Deus “não nos livra de morrer mas liberta-nos da morte”, de modo que “a morte deixa de ser a última palavra sobre o nosso destino”.

“Deus oferece uma vitória sobre a morte, e essa é a verdade mais importante da nossa fé”.

O Pe. José Nuno disse que a “a morte e ressurreição de Jesus Cristo liberta-nos da morte; não nos livre de morrer, de sofrer, de viver, mas a Páscoa de Cristo liberta-nos da morte”.

O capelão interrogou os presentes na celebração: “O que queremos de Deus? Que venha acelerado e nos arranque da morte sabendo que vamos morrer?”

“Francisco e Jacinta não tiveram medo, uma vida assumida e entregue a Deus, com paixão nos corações que salvava os outros”.

No final da celebração, um dos sacerdotes, António da Luz, proveniente dos Açores, que conta com mais de 59 anos de sacerdócio, afirmou que “foram dias fantásticos”

“Foi uma iniciativa muito bem pensada, com momentos apropriados às nossas circunstâncias e necessidades, mesmo no que toca à temática considero que foi oportuna mesmo não sendo nova, porque a Verdade é sempre a mesma mas de uma maneira adaptada à nossa condição”.

O sacerdote salientou a “forma diferente e nova como as coisas foram pensadas e transmitidas”, atribuindo-lhe um “grande valor”.

“Mesmo em conversa com os outros colegas, estes mostraram-se edificados, e é uma opinião unanime, valeu muito a pena, e devemos muitas graças a Deus por isto ter acontecido”, concluiu.

O responsável pela iniciativa, o Pe. José Nuno Silva deu as boas-vindas e lembrou que “esta iniciativa é exatamente fazer justiça à história, a estes sacerdotes que anonimamente aqui ao longo de 100 anos acolheram quem aqui ouviu o apelo à conversão, e estes 20 que vem participar representam milhares”.

O Pe. José Nuno, na abertura, disse que “Fátima tornou-se um confessionário de Portugal e mais tarde um confessionário global”.

Em pleno ano Jubilar do Centenário das Aparições, o Santuário de Fátima reconhece que ao longo de cem anos, muitos foram os corações tocados pela mensagem de Nossa Senhora, e esta atividade é “fazer um ato de justiça e gratidão”.

Para o Santuário de Fátima, há uma categoria de testemunhas privilegiadas deste toque da misericórdia e dos seus frutos de conversão: os sacerdotes. Muitos milhares, ano após ano, década após década, aqui exerceram o ministério da reconciliação, como confessores das multidões que ouviram e quiseram corresponder ao apelo à penitência que a Virgem Mãe aqui fez soar.

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