03 de março, 2019
Autenticidade apresentada como caminho para uma vida cristã “livre de máscaras”Na Missa deste domingo, reitor do Santuário estabeleceu um paralelismo com a época de Carnaval, para exortar à autenticidade de coração a que Jesus convida
Na homilia da Missa deste domingo, o reitor do Santuário sublinhou a importância de uma vida autêntica, “livre de máscaras”, para o testemunho cristão, e apresentou Nossa Senhora e os Pastorinhos como exemplos da autenticidade, que “tem em Jesus o modelo insuperável”. A partir do Evangelho proclamado, onde, através de parábolas, Jesus convida a um exame de consciência para entender a sabedoria do coração, o padre Carlos Cabecinhas começou por apresentar uma caracterização bíblica do coração humano. “Nos textos bíblicos, o coração é símbolo da pessoa, centro da interioridade, que incluiu o afeto, a vontade e a inteligência, e manifesta a nossa mais íntima e absoluta singularidade, diante de Deus e uns dos outros”, disse o sacerdote, ao concluir, tal como o Evangelho, que as “nossas ações espelham o que enche o coração”. Ao constatar a oportunidade do texto evangélico para a época do ano, o reitor do Santuário estabeleceu uma metáfora entre o Carnaval e o modo como vivemos as nossas vidas, alertando para “as máscaras que usamos durante o ano, para mostrar o que não somos”, e para as que “impomos aos outros, quando os julgamos”. “Frente a esta tentação, Jesus exorta-nos à autenticidade de uma vida humilde e sem máscaras. É desta humildade que brota a solidariedade com os que são igualmente débeis e pecadores como nós. Trata-se de avaliar a nossa vida à luz do Evangelho, a partir dos frutos que ela dá. Se no coração há amor e bondade, também os comportamentos serão caracterizados pelo amor e pela bondade”, explicou. No final, como exemplo de autenticidade desta vida que “tem em Jesus o modelo insuperável”, o presidente da celebração destacou o “sim” de Nossa Senhora e as “vidas coerentes” dos Santos Pastorinhos. “Quando olhamos para as vidas dos Santos Francisco e Jacinta Marto, percebemos que a boca transbordava aquilo que lhes estava no coração. Viviam uma autêntica preocupação com os outros e uma comovente solidariedade com os mais pobres e com os pecadores”, concluiu o sacerdote, ao exortar os peregrinos a olhar a vida com autenticidade, dando verdeiro testemunho cristão. Participaram na celebração grupos de peregrinos portugueses e ainda do estrangeiro: Espanha, Itália, Eslováquia, Hungria, Brasil, Estados Unidos da América e Japão. Nos avisos finais, foi recordada a proximidade do aniversário do nascimento de Santa Jacinta Marto, que se celebra esta terça-feira, 5 de março; e lembrado o início do tempo da Quaresma, já a partir da próxima Quarta-feira de Cinzas, dando-se conta do programa do Santuário, nomeadamente da celebração da Via-sacra, na Colunata, às 14h00 de cada sexta-feira do tempo quaresmal. |