07 de outubro, 2009


“Celebração. Gratidão. Abstracção - Cristo Rei 50 Anos” 
A comemoração do cinquentenário do monumento a Cristo Rei, em Maio de 2009, foi sem dúvida um grande momento para a Igreja portuguesa. As celebrações decorreram em Lisboa e em Almada e a Imagem de Nossa Senhora de Fátima que se encontra na Capelinha também esteve presente.
De forma a perpetuar a preparação e o próprio acontecimento celebrativo, composto por um vasto conjunto de actividades de índole religioso e cultural, o artista Francisco Noronha Andrade, que integrou a organização, concluídas as comemorações, sentiu necessidade de passar para a tela as suas emoções.

“As pinturas que agora se apresentam são expressão de partilha para com a equipa que se formou para a celebração do 50 anos do Santuário Nacional de Cristo Rei. Cada conjunto foi realizado já com um destinatário previamente definido. Os tons de castanho e cinzento sugerem o betão do Monumento (…), o azul abarca o rio Tejo a unir as duas dioceses e duas cidades, (…) o preto contém a espiritualidade intensa de cada um de nós, e no branco, todos os movimentos têm esse significado de acção e de concretização, criando imagens e recordações. (…) Umas belas pinceladas de vermelho relembram… claro, os Corações de Jesus e de Maria”.

O trabalho do artista está em exposição, até ao final do mês de Novembro, no Santuário de Fátima.
Entre 5 e 20 de Dezembro estará patente ao público em Almada.
O responsável pelo Departamento de Arte e Património do Santuário sublinha a particularidade desta exposição, que extravasa o sentido do próprio trabalho. Uma das notas mais originais deste projecto relaciona-se com o facto de, no final da temporada expositiva, os conjuntos de telas se desmembrarem a fim de serem oferecidos aos diversos actores que naquela instituição intervieram: dioceses que foram palco da celebração, cidades, santuários, instituições, movimentos e voluntários, profissionais, meios de comunicação social. O autor faz, assim, com que a arte transborde em generosidade, tópico muito interessante num projecto que, em diálogo, alia temas como a arte sacra e o universo cultural do tempo”.
O Reitor do Santuário, no momento inaugural, também evidenciou este gesto generoso, que o Santuário já conhece em Francisco Andrade, membro da Associação de Servitas de Nossa Senhora de Fátima.
“O Santuário de Cristo Rei nasceu ligado ao Santuário de Fátima. Esta exposição perpetua e aviva a celebração, uma circunstância muitíssimo feliz”, afirmou o Padre Virgílio Antunes que reiterou o interesse da instituição que representa em continuar a incentivar “a promoção e divulgação artística” da arte contemporânea,  através de trabalhos com qualidades e onde transpareçam “realidades indissociáveis” como “a religião, a  fé, a espiritualidade e a arte”.
A exposição foi inaugurada pelo Bispo de Leiria-Fátima, que transmitiu ao autor um agradecimento pela iniciativa e felicitou o Santuário pelo acolhimento à exposição.
Na sua leitura do conjunto dos trabalhos, D. António Marto focou que “através da alma do autor vem toda a alma do próprio acontecimento”  e que ao optar pela linguagem abstracta este trabalho “permite a excelência, leva-nos mais além do que aquilo que a gente pode ver”.
 LeopolDina Simões
 

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No dia 12 de Outubro será inaugurada no Santuário de Fátima a exposição “Celebração. Gratidão. Abstracção – Cristo Rei 50 Anos”, com trabalhos de Francisco de Noronha Andrade.
A mostra fica patente ao público, com entradas livres, junto da Capela do Lausperene, na zona da Reconciliação da Igreja da Santíssima Trindade, até ao dia 30 de Novembro.
O Santuário dá desta forma continuidade à prática de favorecer os espaços adjacentes à Igreja da Santíssima Trindade com mostras temporárias, valorizando a dimensão religiosa e cultural que liga estes projectos a Fátima e à Igreja.
Concretamente sobre esta exposição, que pretende perpetuar a celebração nacional do cinquentenário do Santuário de Cristo Rei, em Maio de 2009, e para a qual foi levada a imagem de Nossa Senhora de Fátima da Capelinha das Aparições, o autor das telas, agrupadas em onze temas, explica desta forma o seu trabalho, nascido em linguagem abstracta:
“As pinturas que agora se apresentam são expressão de partilha para com a equipa que se formou para a celebração do 50 anos do Santuário Nacional de Cristo Rei. Cada conjunto foi realizado já com um destinatário previamente definido. Os tons de castanho e cinzento sugerem o betão do Monumento (…), o azul abarca o rio Tejo a unir as duas dioceses e duas cidades, (…) o preto contém a espiritualidade intensa de cada um de nós, e no branco, todos os movimentos têm esse significado de acção e de concretização, criando imagens e recordações. (…) Umas belas pinceladas de vermelho relembram… claro, os Corações de Jesus e de Maria”.
Marco Daniel Duarte, responsável do departamento de arte e Património do Santuário de Fátima, que coordenou a montagem da exposição, tece, em declarações à Sala de Imprensa do Santuário de Fátima, as suas impressões sobre a exposição.
“A exposição de Noronha Andrade é oportunidade para reflectir em temas da actualidade como são a organização territorial das comunidades eclesiais, a importância no mundo contemporâneo dos lugares de peregrinação, o preponderante papel das cidades, a dádiva do voluntariado, a omnipresença dos ‘media’, os serviços e movimentos da Igreja, o mundo das profissões, da solidariedade e da beleza na contemporaneidade”.
Marco Duarte sublinha outra peculiaridade deste trabalho:
“Uma das notas mais originais deste projecto relaciona-se com o facto de, no final da temporada expositiva, os conjuntos de telas se desmembrarem a fim de serem oferecidos aos diversos actores que naquela instituição intervieram: dioceses que foram palco da celebração, cidades, santuários, instituições, movimentos e voluntários, profissionais, meios de comunicação social. O autor faz, assim, com que a arte transborde em generosidade, tópico muito interessante num projecto que, em diálogo, alia temas como a arte sacra e o universo cultural do tempo”.
Após deixar Fátima, a exposição estará patente em Almada entre 5 e 20 de Dezembro de 2009.
 
 
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