03 de julho, 2019
«Aspetos da iconografia mariana» foram ponto de partida para terceira visita temáticaO presidente do Instituto da Padroeira de Portugal para os Estudos da Mariologia falou da escultura Nossa Senhora da Boa Morte
O Convivium de Santo Agostinho, acolheu esta noite a terceira visita temática à exposição temporária comemorativa do centenário da construção da Capelinha das Aparições "Capela-Múndi". A iniciativa teve como tema «Aspetos da iconografia mariana» a propósito da escultura Nossa Senhora da Boa Morte, do Santuário de Vila Viçosa. O presidente do Instituto da Padroeira de Portugal para os Estudos da Mariologia, Carlos Filipe, falou a propósito da escultura Nossa Senhora da Boa Morte, do Santuário de Vila Viçosa, patente na mostra. Esta peça de autor desconhecido, data do último quartel do século XVII, e pode ser vista no núcleo I da exposição. O historiador considerou esta obra “notável” e “única”. “O culto à Senhora da Boa Morte decorre da morte da virgem, com profundas raízes na tradição bizantina”, explicou Carlos Filipe, e lembrou que esta devoção teve início na segunda metade do século XVII, em Itália, associado aos Jesuitas. A escultura de Nossa Senhora da Boa Morte em 2012 foi intervencionada e estudada, sendo alvo de ações de conservação, limpeza e restauro, saindo novamente em procissão após várias décadas. Carlos Filipe é presidente do Instituto da Padroeira de Portugal para os Estudos da Mariologia. É doutorando em História da Arte na FLUL e mestre em História Moderna e Contemporânea pelo ISCTE-IUL. É historiador e investigador integrado no Centro de Estudos – CECHAP, investigador do CLEPUL (FLUL) e do CIDEHUS (Universidade de Évora), membro da Sociedade Portuguesa de História da Construção – SPEHC. É coordenador dos projetos de investigação: Rota do Mármore do Anticlinal de Estremoz; Património e História da Indústria dos Mármores; Callipoartes – História das Personalidades Calipolenses. A visita temática inicia, como habitualmente, começou com uma breve visita guiada através dos nove núcleos desta exposição, que resulta de uma aturada pesquisa histórica que procura ler a Capelinha das Aparições como um dos mais importantes ícones do Santuário de Fátima. Esta foi a terceira de cinco visitas temáticas à exposição temporária “Capela-Múndi” previstas para este ano pastoral. Na primeira, que aconteceu no início do mês de maio, o diretor da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra estabeleceu uma relação entre obra literária setecentista “História Trágico-Marítima”, que inspirou a pintura homónima de Vieira da Silva, e a mensagem de Fátima. A segunda aconteceu a 05 de junho, orientada por Fernando António Batista Pereira e teve como tema "Imagens e histórias de devoção" - A propósito de Agnus Dei, de Josefa d’Ayala. Estão ainda agendadas visitas a 7 de agosto, O "Correio de Nossa Senhora" - A propósito das mensagens dos peregrinos à Virgem de Fátima por André Melícias, Coordenador do Serviço de Arquivo (Departamento de Estudos) do Santuário de Fátima; 4 de setembro, com o tema "Agradecer através da imagem: ex-votos portugueses da Época Moderna" - A propósito dos ex-votos à Virgem de Fátima, por Isabel Drumond Braga, Professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Historiadora da Época Moderna; 2 de outubro sobre "A museologia e a missão cultural da Igreja" - A propósito da exposição temporária Capela-Múndi, por Artur Goulart, Coordenador do Inventário do Património Artístico Móvel da Arquidiocese de Évora. |