«As aparições marianas são um dom oferecido à fé e um desafio à razão», afirmou o diretor da Academia Marianum
Salvatore Perrella fez uma reflexão no âmbito do 24º Congresso Mariológico Mariano Internacional.
No âmbito do 24º Congresso Mariológico Mariano Internacional, Salvatore Perrella, diretor da Pontifícia Faculdade Teológica Marianum, fez uma reflexão na qual considerou que «as aparições marianas são um dom oferecido à fé e um desafio à razão. É necessário respeitar o percurso da Igreja e dos homens». O religioso afirmou ainda que «Fátima teve a aparição de Nossa Senhora, mas quando a Virgem Maria aparece, não vem sozinha, é sempre uma serva do Senhor», uma vez que «Maria aparece-nos através do evangelho de Deus. É um sinal de Deus que nos chega através de Maria».
«Quem aparece? É Maria de Nazaré que é venerada com vários títulos, mas Maria é única», reiterou. Salvatore Perrella é sacerdote da Ordem dos Servos de Maria. Estudou filosofia e teologia na Pontifícia Faculdade Teológica Marianum do qual é diretor deste 2011.
Ainda no mesmo painel Pedro Valinho Gomes, teólogo e assessor executivo da reitoria do Santuário de Fátima, apresentou uma comunicação com o título “«De onde é vossemecê?» Que palavra de Fátima para o mundo pós-moderno?”. O teólogo afirmou que «na transparência de um olhar cheio de Deus», os três pastorinhos «viram uma igreja que se faz peregrina, como numa via crucis, pelos caminhos de um mundo em agonia, de um mundo demasiado senhor de si ao ponto de querer ser senhor de tudo; viram uma igreja mártir que se prostra diante da cruz, ofertando tudo o que é e tem aos pés daqueles que oferece a vida».
«Este dom de si é expressão de uma vida cujo centro não está em si mesmo, mas em Deus», e desta forma «a singela construção que é a Capelinha de Fátima oferece-se como imagem de uma dinâmica de fé que transcende e guarda primordialmente o convite de que esse lugar foi testemunha e de que se tornou memorial: o convite a construir Igreja», disse Pedro Valinho Gomes.
Em suma, o teólogo declarou que «Quando o amplo recinto se enche de olhares sedentos de Deus, congregados pela presença humilde daquela pequena capela, é a Igreja peregrina que se faz presente».
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